O encontro teve como objetivo discutir propostas e soluções para mitigar os efeitos da seca e evitar o colapso hídrico no Ceará. |
A Casa da Indústria foi palco nesta segunda-feira (12/12) de reunião de trabalho da Frente Parlamentar do São Francisco na Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado estadual Carlos Matos (PSDB), com o setor produtivo. O encontro teve como objetivo discutir propostas e soluções para mitigar os efeitos da seca e evitar o colapso hídrico no Ceará. Participaram do encontro o presidente da FIEC, Beto Studart, e representantes da Fecomércio, FCDL, CDL, FAEC, FACIC, ACC, OAB, ACERT, além de líderes empresariais, do setor rural e dos parlamentares Evandro Leitão (PDT), Heitor Ferrer (PSB), Zé Ailton Brasil (PP) e Raimundo Gomes de Matos (PSDB).
O deputado estadual Carlos Matos iniciou a reunião falando sobre os impactos socioeconômicos gerados pela estiagem e a situação hídrica atual do Ceará, onde o armazenamento de água nos reservatórios é de apenas cerca de 7% do volume total. Em seguida, apresentou 21 propostas para evitar o desabastecimento de água no Estado e uma agenda de ações para os governos estadual e federal, setor produtivo e sociedade. “Não há solução melhor que a chuva. Mas isso não está sob nosso controle. Pensar em mitigar os efeitos da estiagem é o mais prudente para evitar o colapso hídrico e minimizar os impactos socioeconômicos. Precisamos buscar medidas que possam favorecer o uso racional da água. A questão não é o que o governo fez ou deixou de fazer. A questão é: existe um risco de colapso e o que nós todos – governos e sociedade civil – podemos fazer juntos para abrandá-lo? ”, disse Carlos Matos.
O presidente do Conselho Temático do Agronegócio da FIEC, Bessa Júnior, afirmou que o setor produtivo está preocupado com o problema hídrico e que tem procurado avançar cada vez mais para contribuir com a causa. “O agronegócio tem investido em novas tecnologias para reduzir o consumo de água. A indústria, por sua vez, investe no reuso de água. Para se ter uma ideia, 30% das industrias do Distrito Industrial de Maracanaú trabalham o reuso. No entanto, ainda é preciso avançar mais porque a situação é urgente. Quando a FIEC se junta a esse grupo é porque entendemos que o Governo do Estado não pode ficar só diante da gravidade do problema”, declarou.
A reunião aconteceu após a divulgação na última sexta-feira (9/12) de manifesto intitulado "Falta D'Água - Estado de Alerta Máximo!", publicado na imprensa local que chama atenção para o risco de colapso no Estado e cobrando o engajamento de todos no enfrentamento ao problema hídrico. O manifesto diz que é hora de “somarmos forças”. “Precisamos cobrar compromisso e assumir responsabilidades neste difícil momento pelo qual passa o Ceará”, conclui a publicação.
Fonte: Portal SFIEC
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