segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Porto de Cabedelo ganha programa de gestão de resíduos


Porto de Cabedelo,Pb

Na sexta-feira ,10, o Porto de Cabedelo deu um passo importante na preservação dos recursos naturais. Uma equipe de pesquisadores do Rio de Janeiro iniciou um programa para solucionar a gestão dos resíduos deixados pela operação portuária. 
A coordenação ficará a cargo do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe). O trabalho faz parte do projeto “Conformidade Gerencial de Resíduos Sólidos e Efluentes dos Portos”, que começou no ano passado no Rio de Janeiro e Itaguaí e é executado em parceria com a Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP).
Cabedelo será a quinta cidade a ser beneficiada pelo programa de diagnóstico de resíduos, que está sendo executado desde 6 de fevereiro e já passou pelos portos de Fortaleza (CE), Natal (RN), Recife (PE) e Suape (PE). Até o próximo dia 15, o programa também irá a Maceió (AL).  O programa está contemplado nas ações do PAC II e prevê investimentos de R$16 milhões no País.

Como funciona
Segundo o diretor da SEP, Antônio Maurício Ferreira Netto, o programa fará três tipos de diagnóstico: resíduos sólidos, efluentes líquidos e fauna sinantrópica nociva (pombos, ratos, insetos e outros animais). Os resíduos incluem desde alimentos dos navios de passageiros a acúmulo de grãos resultante das operações portuárias, ou mesmo papel descartado pelas empresas. Efluentes líquidos contemplam, entre outros, esgoto e óleo combustível. Já a fauna é classificada de duas formas: fauna sinantrópica (espécies animais que se adaptaram a viver junto ao homem, a despeito da vontade deste) e fauna sinantrópica nociva (fauna que interage de forma negativa com a população humana, com risco à saúde pública).
O trabalho dos pesquisadores terá duração de um ano e vai contar com a ajuda de profissionais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). “Nesta etapa, vamos organizar o trabalho e iniciar a coleta já com a equipe local. Os dados serão enviados para o centro de coleta e tratamento no Rio de Janeiro”, informou Antônio Netto. Para Marcos Freitas, coordenador do Programa de Planejamento Energético da Coope/UFRJ, o objetivo não é apenas trazer soluções para a melhor coleta e gestão dos resíduos deixados na operação portuária, mas apontar sugestões para seu uso comercial. “Parte do resíduo poderá, por exemplo, ser transformado em energia, gerando economia para os portos ou mesmo receita extra”, explicou.
O presidente da Companhia Docas da Paraíba,Wilbur Jácome, disse que o programa é importante na medida em que vai reduzir o impacto ambiental resultante do descarte destes materiais. Ele lembra que, no final do ano passado, a Companhia Docas lançou o projeto ambiental Porto Verde, que prevê ações dentro do porto e no entorno da comunidade, compartilhando técnicas sobre como é possível conviver com os modais marítimo, ferroviário e rodoviário, buscando melhorias na qualidade de vida dos moradores de Cabedelo.

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