Líderes do Bric's em Fortaleza no VI encontro da Cúpula |
Um dos temas na pauta da reunião dos Bric's, ocorrido em Fortaleza nos dias 14 e 15 últimos, aguardado com muita expectativa pelas autoridades brasileiras, principalmente as mais ligadas a economia, era exatamente a possibilidade de criação de um banco para gerir os recursos dos países formadores do bloco. O desejo dos brasileiros era (se criado o o banco), que o Brasil assumisse a presidência deste. O fato é que foi aprovada a criação do Banco de Desenvolvimento do Brics mas, as expectativas foram frustradas com a indicação da Índia para o cargo. Com mandatos de cinco anos, a direção será rotativa entre os demais países membros.
O Brasil ocupará o posto na sequência e será sucedido por Rússia, África do Sul e China. A sede da instituição, prevista para entrar em operação apenas em 2016, será em Xangai, na China. Nesta primeira gestão, a África do Sul foi escolhida para abrigar o escritório regional, enquanto o Brasil fica com a presidência do conselho de diretores.
Como anunciado anteriormente, o capital inicial autorizado do banco será de US$ 100 bilhões e o capital subscrito (assumido por cada país que integra o grupo) será de US$ 50 bilhões.
“Os Brics vivem momento especial devido ao fortalecimento de duas iniciativas que estão sendo debatidas durante este encontro em Fortaleza: a primeira é a criação do Novo Banco de Desenvolvimento, instituição voltada ao financiamento de projetos de infraestrutura. A segunda é uma linha de contingenciamento de reservas, um seguro dos Brics contra a instabilidade do mercado financeiro internacional”, destacou a presidente Dilma Rousseff.
Questionada sobre o fato da presidência do banco não ter ficado com o Brasil, Dilma foi enfática: “Como foi a Índia quem propôs o banco, é justo que a presidência fique com ela”, afirmou. Ainda de acordo com a presidente, Xangai foi escolhida para ser a sede em virtude de ser o centro financeiro da China, o 2ª PIB do planeta e maior economia do Brics.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a diferença ente o banco do Brics e outras instituições internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial é que o poder será dividido de forma igual entre os membros do grupo.
“A presidência não tem a menor importância, e sim, o controle acionário, que é dividido por igual entre os cinco países”, retrucou. Diante do questionamento do risco de a China se tornar hegemônica na instituição, Mantega apontou que todos os países vão apresentar um capital idêntico e destacou o fato do banco ser uma alternativa aos bancos de financiamento já existentes.
“Hoje há escassez de crédito. O banco não vai competir com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas é claro que a presença de mais um banco vai forçar a competitividade, o que pode se refletir nas taxas de juros, por exemplo”, explica.
Para o diretor-executivo do FMI pelo Brasil e mais dez nações, Paulo Nogueira Júnior, o fato dos países terem chegado a um entendimento já é motivo de comemoração. “Não é de maneira alguma uma notícia negativa. Eles conseguiram aqui no Brasil alcançar as duas metas, que foi a criação do banco e do acordo de contingente de reservas. Não é pouca coisa ter esses contratos assinados”, aponta o economista.
O Brasil ocupará o posto na sequência e será sucedido por Rússia, África do Sul e China. A sede da instituição, prevista para entrar em operação apenas em 2016, será em Xangai, na China. Nesta primeira gestão, a África do Sul foi escolhida para abrigar o escritório regional, enquanto o Brasil fica com a presidência do conselho de diretores.
Como anunciado anteriormente, o capital inicial autorizado do banco será de US$ 100 bilhões e o capital subscrito (assumido por cada país que integra o grupo) será de US$ 50 bilhões.
“Os Brics vivem momento especial devido ao fortalecimento de duas iniciativas que estão sendo debatidas durante este encontro em Fortaleza: a primeira é a criação do Novo Banco de Desenvolvimento, instituição voltada ao financiamento de projetos de infraestrutura. A segunda é uma linha de contingenciamento de reservas, um seguro dos Brics contra a instabilidade do mercado financeiro internacional”, destacou a presidente Dilma Rousseff.
Questionada sobre o fato da presidência do banco não ter ficado com o Brasil, Dilma foi enfática: “Como foi a Índia quem propôs o banco, é justo que a presidência fique com ela”, afirmou. Ainda de acordo com a presidente, Xangai foi escolhida para ser a sede em virtude de ser o centro financeiro da China, o 2ª PIB do planeta e maior economia do Brics.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a diferença ente o banco do Brics e outras instituições internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial é que o poder será dividido de forma igual entre os membros do grupo.
“A presidência não tem a menor importância, e sim, o controle acionário, que é dividido por igual entre os cinco países”, retrucou. Diante do questionamento do risco de a China se tornar hegemônica na instituição, Mantega apontou que todos os países vão apresentar um capital idêntico e destacou o fato do banco ser uma alternativa aos bancos de financiamento já existentes.
“Hoje há escassez de crédito. O banco não vai competir com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas é claro que a presença de mais um banco vai forçar a competitividade, o que pode se refletir nas taxas de juros, por exemplo”, explica.
Para o diretor-executivo do FMI pelo Brasil e mais dez nações, Paulo Nogueira Júnior, o fato dos países terem chegado a um entendimento já é motivo de comemoração. “Não é de maneira alguma uma notícia negativa. Eles conseguiram aqui no Brasil alcançar as duas metas, que foi a criação do banco e do acordo de contingente de reservas. Não é pouca coisa ter esses contratos assinados”, aponta o economista.
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