Balança comercial cearense, superavit após 7 anos |
A balança comercial cearense em junho registrou um saldo de US$ 65,44 milhões decorrente do expressivo aumento nas exportações (de US$ 82,56 milhões para US$ 263,06 milhões – variação de 218,6%) e declínio nas importações (de US$ 325,92 milhões para US$ 197,61 milhões – variação negativa de 39,4%) em relação a junho de 2013. Desde 2007 o estado não registrava saldo positivo no mês de junho. As informações são do estudo Ceará em Comex, realizado pelo Centro Internacional de Negócios (CIN/CE), da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).
Apesar do bom desempenho no mês, no acumulado do ano, o total das trocas comerciais ficou negativo em US$668,59 milhões. No entanto, comparando as exportações e importações dos seis primeiros meses de 2014 com o mesmo período de 2013, houve aumento de 38,6% nas vendas externas (de US$ 542,25 milhões para US$ 751,66 milhões), e declínio de 18,5% nas compras do exterior (de US$1,74 bilhão para US$ 1,42 bilhão).
O Ceará foi o décimo quarto maior exportador brasileiro nos seis primeiros meses de 2014, sendo o terceiro no Nordeste (atrás de Maranhão e Bahia). O estado também foi o que apresentou o segundo maior incremento nas exportações. A participação do Ceará em relação ao Nordeste passou de 7,04% para 10,01%.
Combustíveis e óleos minerais foi o setor que registrou maior aumento numérico (de US$ 8,54 milhões para US$ 273,12 milhões) e percentual (3.097,4%) dentre os principais setores exportadores do estado no primeiro semestre de 2014. Destacam-se ainda os aumentos de 17,7% e de 11,0% respectivamente nas exportações de couros e ceras Vegetais (ceras de carnaúba), bem como retrações de 41,6% do setor têxtil; de 33,0% dos complementos alimentares; de 23,4% das preparações de produtos hortícolas; de 15,4% das frutas; e de 13,6% da castanha de caju.
Antilhas Holandesas, Cingapura e Holanda foram os três principais destinos das exportações cearenses em junho, em virtude da venda de óleos combustíveis. Destacam-se ainda os incrementos de 157,4%; e de 109,6%, respectivamente, nas vendas externas para a Colômbia e para a Itália. Já as exportações para a China e para o México regrediram respectivamente em 34,7% e 23,1%. Os óleos combustíveis foram ainda responsáveis pelos expressivos crescimentos nas exportações para a União Europeia e para a Ásia.
Com relação às importações, trigo; geradores e eletroeletrônicos; combustíveis e óleos minerais; e máquinas e metalmecânico registraram respectivamente redução de 47,9%; 40,2%; 37,2% e 33,0% no primeiro semestre de 2014. No sentido oposto, aeronaves e aparelhos especiais e suaspartes, veículos e material para vias férreas; e têxteis tiveram um aumento respectivo de 54,2%, 54,0% e 39,5%.
As importações da China, principal parceiro comercial nas compras cearenses em junho, registraram um declínio de 73,9%. Em compensação, Polônia, Coreia do Sul, Vietnã, Colômbia, Alemanha e Itália tiveram respectivamente aumento de 2.016,9%, 1.526,8%, 362,8%, 103,2%, 84,9% e 67,1%. Vale ainda mencionar os US$5,41 milhões importados de Trinindad e Tobago no período.
No acumulado do ano, as importações com os três principais parceiros do estado (China, Trinindad e Tobago e Estados Unidos) registraram queda (respectivamente de 29,3%, 14,6% e 11,8%). A Argentina foi outro país que apresentou considerável retração nas vendas para o Ceará (77,3). Já a Colômbia, Coreia do Sul, Indonésia, Índia e Itália registraram incrementos respectivos de 243,7%, 182,6%, 100,1%, 89,5% e 77,2%.
Em valores numéricos, o Porto do Pecém foi o corredor logístico que apresentou o maior aumento no primeiro semestre do ano, saltando de US$ 203,48 milhões para 434,77 milhões. O Porto de Fortaleza (Mucuripe), outro importante corredor logístico do estado, apresentou uma variação negativa de 16,3%. Juntos, os dois portos do estado são responsáveis por escoar 81% das exportações cearenses nos seis meses de 2014. Acrescentando o aeroporto internacional Pinto Martins, estas três zonas primárias concentram 82,28% do total comercializado para o exterior.
Fonte: Assessoria de comunicação SFIEC
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