Presidenta Dilma Rousseff durante reunião da Sudene em Salvador/Ba. |
No evento, do qual também participaram governadores ou representantes de todos os Estados nordestinos, além dos vice-governadores de Minas Gerais e do Espírito Santo e dos ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, foram assinados convênios entre o governo federal e os governos estaduais para liberação de recursos referentes a 77 obras para ampliar a oferta de água em municípios da região. Os projetos, somados, têm investimentos previstos de R$ 1,8 bilhão - e, segundo Bezerra, formam a primeira parte de um programa que prevê investimento total de R$ 3 bilhões.
"Este País não tem mais o direito de deixar que a seca se transforme em um flagelo, nem pode agir de forma parcial ou isolada, no que se refere a suas esferas de poder, para resolver os problemas", disse a presidente. "Nós vamos usar esta seca para avançar mais. Nós vamos resolver, estruturalmente, o problema da seca. Esse é o compromisso que sai desta reunião".
Perdas
Além das obras de construção e ampliação de barragens, adutoras e sistemas de abastecimento e irrigação, Dilma também prometeu medidas emergenciais para compensar as perdas de agricultores e pecuaristas, que sofrem com a estiagem deste ano - considerada a pior em 50 anos em algumas regiões nordestinas. No evento, foi anunciada também a ampliação do bolsa-estiagem de R$ 400 para R$ 560 e a do seguro garantia-safra de R$ 680 para R$ 952.
"O governo federal também está extremamente preocupado em solucionar a questão do milho - nós vamos fazer o possível e o impossível para aumentar o fornecimento de milho subsidiado para os pequenos produtores dos Estados nordestinos", disse.
"Acho que vamos ter de nos preparar para sustentar rebanhos e recompô-los. É importante que a gente já olhe um pouco mais longe". Na manhã de ontem, ela inaugurou uma adutora de água em Malhada (800 km de Salvador) no semiárido baiano. A obra da chamada adutora do Algodão, realizada pelos governos federal e baiano, leva água tratada do rio São Francisco para oito municípios da região.
Investimentos do CE
O Estado do Ceará deverá investir até 2014, cerca de R$ 400 milhões em obras hídricas voltadas principalmente para as sedes dos municípios. O anúncio foi feito ontem pelo governador Cid Gomes (PSB) logo após a assinatura de convênios com a Funasa e com o Ministério da Integração Nacional.
Ontem foram assinadas parcerias no valor de R$ 40 milhões. "Esses recursos serão voltados para obras definitivas. Uma seca impõe dois tipos de ações - uma emergencial e outra estruturadora, com obras que nos permitam conviver com a seca, que é um fenômeno que vai acontecer, que vai se repetir sempre", disse.
Cid fez elogios à presidente Dilma Rousseff quanto ao atendimento das reivindicações dos Estados do Nordeste, principalmente o Ceará. "Temos que reconhecer a sensibilidade que sempre teve a presidente Dilma, que atendeu todos os pontos, todas as sugestões e demandas", disse.
O governador assevera a decisão da presidente de ampliar o Garantia Safra. "Nós também no Ceará estamos ampliando o Bolsa Estiagem com mais duas parcelas", disse.
Cid Gomes destacou que o governo do Estado destinará obras para as sedes dos municípios, que segundo ele, devido o crescimento populacional estão apresentando problemas crônicos de falta de água.
Quanto às comunidades rurais, observou que já são realizadas diversas ações, como programa de implantação de cisternas e de pequenos sistema de abastecimento d´água.
"Agora mesmo estamos tratando de um financiamento como Banco Mundial para estender o Projeto São José e trabalhamos na diretriz de universalização do abastecimento d´água para toda a população do Estado até 2014", revelou.
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