sábado, 28 de setembro de 2013

OGX cada vez mais próxima da concordata

Empresa do Eike Batista expõe fragilidade com dividas
As possibilidades de êxito de um eventual pedido de falência por credores da OGX são consideradas remotas por especialistas no tema. A proximidade do vencimento e calote, em 1.º de outubro, de uma dívida de US$ 45 milhões a credores externos, acendeu o alerta no mercado financeiro esta semana. Mesmo que um requerimento do tipo se concretize, entretanto, a petroleira de Eike Batista teria tempo suficiente para entrar com um pedido de recuperação judicial e suspender a falência.
A análise de advogados ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, é de que a recuperação judicial é inevitável e iminente. "A OGX tem um passivo extremamente pulverizado. É muito complicado conseguir unanimidade entre os credores para um acordo extrajudicial, em especial os financeiros", diz uma fonte próxima ao grupo. Diante do impasse, a recuperação é a única alternativa para buscar um acerto que contemple todo o universo de credores, sejam eles fornecedores, bancos, investidores ou funcionários.
Um pedido de falência feito por qualquer credor poderia precipitar a recuperação judicial, que a OGX vem tentando postergar ao máximo. "Todas as cartadas possíveis para evitar a recuperação estão sendo dadas", diz outra fonte. A contratação de BTG Pactual, Angra Partners, BlackStone e Lazard fazem parte dessa tentativa de reestruturação da gestão e da dívida da companhia. A avaliação é que os boatos sobre a falência são um instrumento de pressão dos credores.
Em meio aos rumores, Eike Batista continuaria tentando se desfazer de ativos da OGX. Reportagem publicada pela Dow Jones na terça-feira afirma que o empresário pressiona para vender uma fatia de Tubarão Martelo, única aposta da OGX com chance de viabilidade, enquanto tenta levantar capital para tentar salvar suas empresas. Segundo a agência, Eike retomou as negociações com a estatal Petronas, da Malásia, sobre a venda de 40% do campo, mas também sondou outros candidatos a uma fatia na área.
Do ponto de vista do preço, um pedido de recuperação desvaloriza os ativos de uma companhia. Assim, o ideal seria fechar as operações previamente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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