quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Emprego na indústria cearense reage e apresenta primeiro crescimento no ano

A maior parte dos indicadores industriais do Ceará apresentou resultados positivos em agosto de 2020, de acordo com a pesquisa Indicadores Industriais, realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).
São considerados Indicadores Industriais os dados relativos ao faturamento real, horas trabalhadas na produção, emprego, massa salarial real e rendimento médio real.
O indicador 'Emprego' variou positivamente pela primeira vez desde janeiro, aumentando em 0,8% em relação ao mês anterior. Na mesma esteira, o 'Faturamento Real' cresceu 12% em relação a julho - a segunda maior taxa de crescimento registrada no ano - alcançando o nível pré-pandemia no índice, enquanto que 'Massa Salarial Real'aumentou em 0,3% no período. 
O destaque, segundo a Fiec, ficou com a 'Utilização da Capacidade Instalada', que registrou o maior valor desde de novembro de 2019, alcançando 79,6% de utilização. O resultado mostra aquecimento da produção, confirmado pela produção física da 'Indústria Geral', que registrou um aumento de 5,7% em agosto no Ceará.



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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Aeroportos: tarifas aumentam em Fortaleza, Florianópolis, Porto Alegre e Salvador

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reajustou os tetos das tarifas dos aeroportos internacionais de Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE) e Salvador (BA), conforme decisões publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, dia 28. O aumento abrange as tarifas de embarque, conexão, pouso, permanência, armazenagem e capatazia.

No Aeroporto de Fortaleza o reajuste das tarifas foi de 2,7452%, de acordo com a Anac. A partir de 29 de setembro, os passageiros pagarão R$ 33,10 no embarque nacional e R$ 58,46 no internacional. As tarifas de conexão de voos domésticos e internacionais têm o mesmo valor: R$ 10,10. 

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segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) promove Fórum de Transformação digital

Antonio Nunes, CEO da Angola Cables participa do Fórum promovido Pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará )FIEC)

Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) promove nesta terça-feira, 25 de agosto, às 19h30 o 1º Fórum de Transformação Digital no período pós Covid-19. Na ocasião, Antonio Nunes, CEO da multinacional de telecom Angola Cables vai discorrer no painel “Telecomunicações, segurança cibernética e LGPD em tempos de pandemia. Temos a devida infraestrutura de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para dar conta dos atuais desafios de transformação digital das indústrias cearenses? Quais as principais dificuldades?”

Com a mediação de Ronara Sousa, consultora do Senai e Tadeu vieira, Gerente de TIC da FIEC, no painel ainda participam: Sayde Bayde, Diretor Comercial da Mob Telecom; Helder Galvão, CEO da Nós8; Rafael Timbó, Executivos de Negócios Públicos da Energy Telecom; Rawlison Brito, CEO da Morphus.

O fórum reúne as principais empresas e instituições do Ceará e de todo o Brasil voltadas à transformação digital. O objetivo do evento será desmistificar os diversos temas deste universo, demonstrando por meio de exemplos práticos e de ferramentas como as indústrias cearenses, em especial pelas micro e pequenas empresas, podem superar dos desafios impostos pela pandemia.

António Nunes é CEO da Angola Cables. Engenheiro eletrotécnico pela Universidade Técnica de Dresden (Alemanha), tem mais de 15 anos de experiência no setor de telecomunicações. Esteve na UNITEL, a maior operadora angolana de telecomunicações móvel, ocupando cargos de liderança no desenvolvimento da rede da empresa, o que inclui acesso (2G e 3G), core (monolítico e softswitch) e transmissão (microondas e fibra óptica), bem como a infraestrutura associada a eles.

Nunes, tem sido presença assídua em discussões mundiais dedicadas a 4ª revolução tecnológica. Sob sua gestão, a multinacional foi convidada e passou a ser membro efetivo do World Economic Forum (WEF), em 2018, sendo a primeira empresa angolana a pertencer ao mais prestigiado fórum de líderes empresariais e políticos do mundo. Neste ano de 2019, Nunes foi nomeado pela Data Economy como um dos 200 líderes do mundo mais influentes em telecomunicações.

As inscrições bem como acesso podem ser feitos via o link: https://bit.ly/3hHb3dS

 

 

Serviço:

1º Fórum de Transformação Digital promovido pela FIEC

Data: 25 de agosto

Horário: 19h30

Inscrições e acesso: https://bit.ly/3hHb3dS



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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Após rompimento com TwoFlex, Gol busca parceria para voos regionais

Acordo para a realização de voos de Fortaleza a cidades do interior do Ceará, foi rompido, após aquisição da TowFlex pela Azul Linhas Aéreas. Fruto de negociações com o estado, operações regionais mal começaram e, com a pandemia, votaram a zero

Aeroporto de Jericoacoara, na cidade de Cruz/Ce.
Lançados em dezembro do ano passado após meses de negociação entre o Estado e a Gol para incentivar a aviação regional no território cearense, os voos de Fortaleza a oito cidades do interior mal começaram e estão há pelo menos quatro meses suspensos por conta da pandemia. As linhas eram operadas pela TwoFlex, que foi adquirida pela Azul Linhas Aéreas em janeiro. Apesar de garantir a manutenção das operações em um primeiro momento, a Gol encerrou o contrato existente com a companhia de menor porte em meio ao contexto da pandemia e agora busca outra parceria para a aviação regional.
Em nota à reportagem, a Gol informou que "tem tratativas com outras empresas que prestam o mesmo tipo de serviço que foi oferecido pela TwoFlex, cujo acordo foi encerrado em fevereiro/2020".
A companhia disse ainda que avalia as oportunidades para o seu negócio e que "com certeza as operações em aeroportos regionais serão retomadas tão logo ocorra uma normalização da demanda e soluções mais concretas para a Covid-19". "A Gol foi a pioneira no desenvolvimento dessa parceria comercial que leva o transporte aéreo a cidades com menor demanda e que não sustentam a operação de aeronaves de maior porte e teremos outros parceiros desenvolvidos para manter o nosso plano", completa a nota.
Há pelo menos quatro meses sem movimentação de passageiros e sem voos regulares comerciais, os principais aeroportos regionais do Ceará ainda aguardam uma melhora nos cenários econômico e pandêmico para voltarem às operações. A baixa demanda por conta da Covid-19, aliada às restrições de viagens, obrigou companhias aéreas a suspenderem frequências que vinham crescendo em sete terminais do Estado no início deste ano, com voos que ligavam o interior e litoral a Fortaleza.
Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), foram movimentados mais de 43 mil passageiros de janeiro a junho deste ano em sete aeroportos regionais do Ceará (Crateús, Aracati, Jericoacoara, Iguatu, São Benedito, Sobral e Tauá). O resultado se refere basicamente aos meses de janeiro a março, uma vez que em abril, maio e junho, por conta do avanço da pandemia, não houve tráfego nestes terminais.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Programa que libera crédito a pequenas e médias empresas via maquininha vai à sanção

BNDES atuará como agente financeiro da União e deverá repassar
os recursos às instituições financeiras. Foto: Agencia Brasil
O Senado aprovou nesta quarta-feira (29) medida provisória que destrava a concessão de empréstimos para pequenas e médias empresas e que libera o crédito via maquininha. O texto obteve 73 votos favoráveis e nenhum contrário. A medida será agora encaminhada para sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
A MP (medida provisória) cria o programa emergencial de acesso a crédito, e é voltado a empresas que tenham registrado receita bruta anual maior que R$ 360 mil e menor ou igual a R$ 300 milhões no ano passado.
No Senado, a medida foi relatada pelo senador Marcos Rogério (DEM-GO), que analisou 36 emendas apresentadas à proposta. Nenhuma delas foi acatada. Segundo ele, juntas, as cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas no País representam 27% do PIB.
"As micro e pequenas empresas são importantes geradoras de riqueza no Comércio no Brasil, já que respondem por 53,4% do PIB deste setor", disse o relator.
O crédito será operacionalizado pelo FGI (Fundo Garantidor para Investimentos), administrado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A proposta permite que a União possa aumentar em R$ 20 bilhões de reais a sua participação no FGI.
Os valores não utilizados até 31 de dezembro de 2020 para garantia das operações ativas serão devolvidos à União por meio do resgate de cotas, até 60 dias após a emissão do parecer da auditoria independente do FGI referente a 2020.

Maquininhas
A medida provisória também cria o programa de crédito via maquininhas para micro e pequenas empresas. Esse empréstimo poderá ser concedido por adquirentes -como Cielo, Rede, PagSeguro e Stone- que estejam vinculados a uma instituição financeira autorizada pelo Banco Central.
As operações de crédito contratadas no âmbito das maquininhas serão integralmente custeadas com os recursos da União alocados para o Programa. O risco de inadimplemento das operações de crédito e as eventuais perdas financeiras relativos ao Programa também serão custeados pela União.
"[A medida] está criando condições adicionais para que o crédito chegue mais facilmente à "ponta", isto é, aos agentes econômicos que tanto necessitam de recursos para manter seus negócios em funcionamento", afirmou o relator.
O juro será de 6% ao ano sobre o valor concedido, e a empresa terá 36 meses para quitar a dívida, incluindo nesse prazo a carência de seis meses para início do pagamento -haverá incidência de juros nesse período. O valor máximo que poderá ser emprestado é de R$ 50 mil. Segundo o relator, a medida vai gerar liquidez à economia no momento de pandemia causada pelo novo coronavírus.
O BNDES atuará como agente financeiro da União e deverá repassar os recursos às instituições financeiras que protocolarem operações de crédito a serem contratadas no programa de maquininhas. O banco de fomento também receberá os reembolsos de recursos dos bancos e vai repassá-los, em até 30 dias, à União.
A União poderá transferir R$ 10 bilhões ao BNDES para o programa de crédito via maquininhas. Esse dinheiro será remunerado pela média da taxa básica Selic enquanto estiverem no BNDES e pelo juro de 3,25% ao ano quando aplicado nas operações de crédito do programa de maquininha.
Com Diário do Nordeste


sexta-feira, 24 de julho de 2020

Mesmo com pandemia, novas contratações crescem 70% no Porto do Pecém no Ceará

Apesar do resultado positivo, Sine/IDT previa número de vagas
três vezes maior antes da pandemia devido à quantidade
e grandeza de projetos previstos
Foto: Carlos Marlon
Entre janeiro e junho, 872 trabalhadores foram contratados na região, segundo levantamento do Sine/IDT Pecém. Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém são responsáveis por expansão do mercado local
Ainda que em meio à crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) têm conseguido expandir as operações e as contratações. Segundo o Sistema Nacional de Emprego do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (Sine/IDT) no Pecém, 872 pessoas foram contratadas no primeiro semestre desde ano, um crescimento de 70% em relação a igual intervalo de 2019.
O número também é maior que o observado no primeiro semestre de 2018, quando foram contratados 551 funcionários, um salto de 58%.
O gerente do Sine/IDT no Pecém, Grijalba Marques, ressalta que o avanço do mercado de trabalho na região se deu principalmente após o início da construção da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), em 2011. Ele estima que mais de 40 mil trabalhadores passaram pela construção da indústria, que atualmente emprega de 4 mil a 5 mil funcionários.
“Nosso maior atrativo é a siderúrgica e os serviços de empresas ligadas a ela, assim como o próprio Porto do Pecém. Esses geram muitos empregos. Eu até brinco que a CSP parece uma minicidade”, ressalta Marques. Ao longo dos anos, o gerente lembra que mais empresas foram se instalando no Cipp, contribuindo para a expansão do mercado de trabalho do entorno.
Ele ainda destaca a continuidade dos serviços prestados na instituição mesmo com o distanciamento social. “Apesar da pandemia, conseguimos, através das atividades online, manter os serviços funcionando e dar continuidade aos processos de contratação para empresas e atividades que não pararam”. 
Marques admite que outros negócios da região suspenderam a operação e algumas até demitiram, como no caso das construtoras responsáveis por obras, mas acredita que com o retorno gradual, os projetos serão retomados, bem como os empregos.

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terça-feira, 21 de julho de 2020

Ypióca Industrial ganha selo do Ministério da Justiça

Pela primeira vez uma empresa do Ceará conquista o Selo Resgata, que reconhece organizações dedicadas à inclusão de pessoas privadas de liberdade no mercado de trabalho.

Programa Tecendo o Futuro Instituto Diageo
A Ypióca Industrial, que realiza, por meio do Instituto Diageo, o programa Tecendo o Futuro, iniciativa provedora de emprego e ressocialização a internas dentro do Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa, em Aquiraz (CE), em parceria com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), acaba de ser reconhecida com o Selo Resgata, que certifica organizações com ações de inclusão no mercado de trabalho e reintegração social de pessoas privadas de liberdade e é concedido pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. No Ceará, a Ypióca Industrial é a primeira instituição privada a conquistar o selo, que está em sua terceira edição e no ciclo atual contemplou 372 organizações públicas e privadas do Brasil.
As atividades na unidade penal fazem parte da atuação, no Ceará, da Diageo - maior companhia de destilados premium do mundo e proprietária de marcas como Ypióca e Johnnie Walker - que mantém o Instituto Diageo como entidade sem fins lucrativos realizadora de programas sociais conectados com o propósito da companhia de contribuir com o desenvolvimento socioeconômico das comunidades onde atua em todo o mundo. A marca cearense Ypióca, com escritório e fábrica - única da Diageo no Brasil, faz do estado polo da atuação da multinacional em responsabilidade social.
Desde abril do ano passado, o Tecendo o Futuro é promovido para internas do IPF, proporcionando a elas capacitação em artesanato com palha de carnaúba, emprego como artesãs e educação com foco em cidadania. As mulheres, hoje 40, participam das atividades de segunda a sexta-feira, em sala mantida pelo Instituto Diageo dentro da unidade penal, produzem embalagens de palha para garrafas de Ypióca e ganham um dia de remissão da pena para cada três dias trabalhados. O trabalho das internas é remunerado e a renda gerada para elas, desde o início do programa, ultrapassa R$ 180 mil reais. 

“Trabalhamos o resgate pleno da interna, desde o suporte humano, reconstruindo a sintonia dela com os valores de cidadania e propiciando o ofício de artesã por meio do qual ela vivencia a realização de trabalhar, produzir e receber aporte financeiro para ajudar familiares hoje, bem como projeto de vida nova ao concluir a pena. O reconhecimento com o Selo Resgata fortalece nosso compromisso de continuar transformando vidas. Começamos com 30 beneficiadas, ampliamos para 40 em março e nossa meta é seguir expandindo”, afirma o gerente executivo do Instituto Diageo, Paulo Mindlin.

“O Selo Resgata é importante porque demonstra todo o nosso trabalho que está sendo feito no Ceará, ecoando nacionalmente. É fundamental que nosso trabalho seja divulgado, reconhecido e que a gente está crescendo imensamente no sistema penitenciário, gerando educação, emprego e qualificação do interno”, pontua o secretário da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Mauro Albuquerque.
Fonte: Engaja comunicação

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Ceará prevê mais três fases especiais para retomada da economia

A primeira fase começaria com parte das academias,
bares, alguns eventos e séries de escolas
Foto: Helene Santos
Com a meta de decidir ainda nesta semana novas estratégias para o retorno de atividades que não puderam voltar com o início da fase 4 do Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais em Fortaleza hoje, o Governo do Ceará trabalha com a hipótese de incluir mais três fases especiais no plano. Elas agregariam os segmentos que ainda não foram autorizados a reabrir - o que inclui aulas presenciais, academias, bares, eventos e cinemas -, mas ainda não há nada fechado.A informação é de Flávio Ataliba, secretário executivo de Planejamento e Orçamento da Secretaria de Planejamento e Gestão do Ceará (Seplag). "Nós estamos pensando em três fases em que cada uma dessas atividades seja contemplada em uma delas. Um pouco de tudo em cada fase, mas isso está sendo discutido ainda. A primeira fase começaria com parte das academias, número restrito de bares, alguns eventos e algumas séries de escolas, por exemplo", revela o secretário.Ele explica que as novas fases não são a continuação do plano. "Inclusive porque muitas dessas atividades já estão funcionando como as escolas com aulas a distância", explica Ataliba, destacando que as novas etapas têm como objetivo evitar uma segunda onda da Covid-19.Segundo ele, nenhuma decisão a respeito do assunto foi tomada ainda e o Governo do Estado volta a sentar na mesa com representantes desses setores a partir de hoje, começando com uma nova reunião com a área educacional à tarde.
Leia mais em Diario do Nordeste

sábado, 4 de julho de 2020

Setor produtivo cearense espera prorrogação de medidas de apoio até 2021

No último dia 1º de julho, o Governo do Estado estendeu o prazo das medidas de apoio às empresas por pelo menos 15 dias, mas empresários questionaram decisão. Expectativa é que a iniciativa vá até o fim deste ano
Inclusão na dívida ativa e cumprimento de obrigações
acessórias são algumas medidas prorrogadas até dia 15.
Setor produtivo cobra mais prazo
Foto: Natinho Rodrigues
O Governo do Estado, por meio de um decreto assinado pela Secretaria da Fazenda pela Procuradoria Geral do Estado, prorrogou algumas medidas de apoio fiscal às empresas durante a pandemia do novo coronavírus por mais 15 dias, contando a partir do início de julho. Contudo, representantes do setor produtivo cearense consideram que a iniciativa precisará ser estendida até o fim do ano para dar mais fôlego aos negócios durante a crise gerada pela redução da atividade econômica.
Alguns empresários ouvidos pela reportagem afirmaram que o novo prazo serve como forma de sondagem para o Governo analisar a situação do mercado durante a retomada.
De acordo com o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Freitas Cordeiro, a decisão de prorrogar as medidas que já haviam sido anunciadas em março é positiva, mas não atende às demandas das empresas cearenses nesse momento de crise, já que muitos segmentos ainda estão voltando lentamente às atividades.
Reportagem completa em: Jornal Diário do Nordeste

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Bolsonaro aciona comporta para água da transposição do São Francisco chegar ao Ceará

O presidente Jair Bolsonaro acionou na manhã desta sexta-feira, 26, a comporta do Eixo Norte do projeto da 
transposição do rio São Francisco, em Penaforte, extremo sul do Ceará, na divisa com Pernambuco. Com isso, as águas que hoje abastecem o reservatório Milagres, em Pernambuco, passam pelo túnel Milagres, na divisa entre Pernambuco e Ceará, e irão até o reservatório Jati, no Ceará. A água desse novo percurso liberado a partir de hoje abastecerá ainda Paraíba e Rio Grande do Norte.
Com JORNAL O POVO

Depois de 12 anos de obra, águas do Rio São Francisco chegam nesta sexta ao Ceará

O presidente Jair Bolsonaro faz sua primeira visita oficial ao Estado esde que assumiu o Palácio do Planalto. A participação dele na solenidade, no município de Penaforte, está prevista para as 10h30, de acordo com o Governo Federal

Segundo o Governo Federal, as obras físicas já concluídas
garantem funcionalidade ao empreendimento
Foto: Antônio Rodrigues

Oficialmente, são 12 anos de espera. Contudo, a ideia do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf) como forma de solucionar a escassez hídrica causada pela seca acompanha governos desde, pelo menos, o Segundo Império – ainda no século XIX. Nesta sexta-feira (26), as águas do Velho Chico chegam ao Ceará, mais precisamente na barragem de Jati, na região do Cariri. Obra iniciada no governo do PT, em 2007, e que também passou por um governo do MDB, é na gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que o trecho que conduz os recursos hídricos ao território cearense será inaugurado.
Em Penaforte, o chefe do Executivo acompanhará a chegada das águas ao Estado ao lado ministro do Desenvolvimento Regional (MDR), Rogério Marinho, e de outras autoridades e políticos. É a primeira visita de Bolsonaro ao Ceará desde que assumiu a Presidência da República, um aceno em busca de aproximação com o Nordeste.
Inicialmente, eram cinco anos previstos para a construção de 477 quilômetros em obras, reunidas em dois grandes canais – Eixo Norte e Eixo Leste – para abastecer açudes e rios intermitentes (que desaparecem nos períodos de seca) não só no Ceará, mas nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. No entanto, já são sete anos de atraso marcados por disputas políticas.

Reportagem completa no Jornal DIÁRIO DO NORDESTE

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Bahia tem redução de 54% no número de acidentados com fogos de artifício no São João

Redução foi causada pelos desdobramentos da pandemia
Foto: Divulgação|GovBA
O Hospital Geral do Estado (HGE) e o Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus, unidades estaduais de referência no tratamento de vítimas de queimaduras, registraram uma queda de 54,09% nos atendimentos deste ano durante o São João.
Segundo informações da Secretaria de Saúde do estado (Sesab), entre 20 a 24 de junho, foram registrados apenas 28 ocorrências. No mesmo período de 2019, as duas unidades registraram 61 atendimentos de pacientes vítimas de queimaduras e fogos de artifício.
Neste ano, o HGE liderou o número de chamados relacionados aos festejos juninos, com um total de 23 atendimentos, sendo 12 vítimas de queimaduras por fogos e 11 por explosão de bomba. Já no Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus, cinco pessoas deram entrada com queimaduras de fogos de artifício.
Segundo o secretário da Sesab, Fábio Vilas-Boas, a redução expressiva de acidentados ocorreu devido aos desdobramentos da pandemia, responsável pela adoção de medidas como proibição da venda dos fogos e das fogueiras.
“A pandemia de coronavírus fez com que alguns municípios proibissem a venda de fogos de artifício e fogueiras devido a fumaça e isto somado as restrições impostas pelo Governo do Estado para evitar aglomerações, aliado a fiscalização da polícia militar e prefeituras para os que desobedecessem, fizeram com que tivéssemos essa redução”, explica o secretário em nota.
Com Jornal A TARDE

Cultura do algodão é retomada com boa estimativa de colheita no Ceará

Diante dos resultados exitosos do experimento, mais agricultores
retornaram à colheita e a produção cresceu.
Foto: Antonio Rodrigues
O Ceará, que já foi o segundo maior produtor de algodão do Brasil com 1,3 milhão de hectares plantados em 1976, viu seu declínio na década de 1980 e, praticamente, se extinguiu diante da praga do bicudo. Hoje, a cotonicultura está numa animada retomada, principalmente nas regiões do Centro-Sul e Cariri, com expectativa de ultrapassar 1.600 hectares. A colheita teve início na semana passada e deve atingir seu pico a partir de julho e agosto.
Os experimentos satisfatórios, iniciados há quatro anos no Cariri, com a retomada da produção de algodão de sequeiro, hoje chegam a Brejo Santo, Milagres, Mauriti, Porteiras, Penaforte, Missão Velha, Crato, Potengi, Altaneira e Barbalha; e em Várzea Alegre, Iguatu e Acopiara, no Centro-Sul. Todos estes municípios estão produzindo a partir de semente transgênica de alta qualidade.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Algodão de Campina Grande (PB), em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Ceará e as secretarias municipais de Agricultura, implantaram em 2016 o projeto Modernização do cultivo do algodão no Estado do Ceará, voltado para a produção de algodão de sequeiro. Em 2018, foram cultivados 30 hectares no Cariri. Em 2019, a área expandiu para 700 hectares. Em 2020 a expectativa é mais que dobrar o cultivo do ano passado.
O engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Algodão, Fábio Aquino, explica que o projeto faz parte da modernização da cultura do algodão. Para alcançar bons resultados, os produtores tiveram orientação técnica específica. "A Embrapa é parceira nas orientações sobre plantio e manejo de pragas, e desenvolvimento de tecnologias", pontua.
Com Jornal DIÁRIO DO NORDESTE

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Professores de escola cearense usam rádio comunitária para dar aulas aos alunos sem internet

Professores(as) em gravação de suas aulas para veiculação pela Rádio Paz Fm
Diante da paralisação das aulas em decorrência do novo coronavírus, os professores da escola estadual de Ensino Médio Professor Milton Façanha Abreu, localizada no município de Mulungu, no interior do Ceará, passaram a usar a rádio comunitária local para propagar aulas de maneira remota aos alunos sem acesso à internet. 
De acordo com o diretor da escola, professor Luiz de França Leitão Arruda, 61, as atividades remotas via internet iniciaram logo após a paralisação presencial, no final de março, mas logo foi constatada a dificuldade de mais de 100 alunos para acessar o conteúdo. “Muitos desses alunos são da zona rural e tampouco teriam como comprar celular ou computador. Então, pensamos em contatar a Rádio Paz FM para o que conteúdo chegasse igualmente para todos”, explica.
O conteúdo é apresentado três vezes por semana pelos professores da escola que se dividem por áreas de conhecimento, como matemática, ciências da natureza, humanas e linguagens e artes. “Inicialmente, os professores iam até a rádio para gravar o conteúdo, de aproximadamente uma hora de aula. Porém, com o avanço da Covid-19, nós preferimos gravar o conteúdo de casa e já enviamos para a rádio veicular”, pontua Luiz.
Conforme o responsável pela instituição, o retorno dos estudantes sem acesso à internet, em caso de dúvidas com relação ao conteúdo, “a gente agenda um momento para interação com eles [alunos]. Alguns pedem o celular do vizinho para entrar em contato com o professor. Eles também têm os livros bases”. 
Dados comparativos de casos e óbtos até esta publicação em 24/06/2020, 10h14
 CearáNordesteBrasil
Nº de Casos99 302395 9381 106 470
Nº de Óbitos5 74216 84952 645

Com Jornal Diário do Nordeste
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quinta-feira, 11 de junho de 2020

Governo do Ceará inicia atividades virtuais de formação com 820 jovens em situação de vulnerabilidade social

Educação Livre (EduLivre) 950 pessoas com idade entre
15 e 19 anos são diretamente beneficiados com o projeto.
Mais de 800 jovens em situação de vulnerabilidade social atendidos pelo projeto Virando O Jogo iniciaram, nesta semana, atividades virtuais de formação. A iniciativa do Governo do Ceará faz parte do programa Superação, que busca levar novas perspectivas a adolescentes e jovens que não estudam e não trabalham. Após uma parceria firmada entre a Vice-Governadoria do Ceará e a plataforma Educação Livre (EduLivre), as atividades foram oficialmente retomadas em ambiente virtual, e assim permanecerão até que as aulas presenciais sejam liberadas no estado.
Ao todo, 950 pessoas com idade entre entre 15 e 19 anos são diretamente beneficiados com o projeto. Até então, eles tinham formações presenciais sobre empreendedorismo, carreira profissional, organização coletiva, cidadania, direitos humanos e sociais, identidade, juventude e respeito às diferenças. Agora, eles também passam a receber orientações sobre como se prevenir da Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus).

“Essa retomada é importante porque conseguimos estabelecer uma conexão com esses jovens que, em meio a essa pandemia, estão vivenciando dificuldades em suas comunidades devido à condição de vulnerabilidade, falta de acesso e paralisação de serviços. Conseguimos viabilizar essa plataforma para que eles se sintam apoiados, vejam que estamos olhando para eles”, disse Carla da Escóssia, assessora de projetos especiais da Vice-Governadoria do Ceará.

Participação
De acordo com o coronel Heraldo Maia Pacheco, coordenador das áreas do Projeto Virando o Jogo, todos os jovens participantes do projeto foram consultados sobre a possibilidade acompanhar as atividades virtuais. “Inicialmente, tínhamos 709 pessoas, mas, com o início das atividades, chegamos 820. Nosso objetivo é chegar a todos os 950”, disse.
Ao longo do mês de maio, os articuladores, bombeiros e gerentes de área que compõem a linha de frente do Virando o Jogo passaram por capacitação na plataforma da EduLivre. Eles atuarão como orientadores enquanto os jovens estiverem percorrendo oito “trilhas” nos próximos dois meses. Todas as trilhas têm vídeos, músicas, depoimentos e atividades educativas adaptadas à linguagem da juventude.

“E queremos sempre tratar questões socioeconômicas e inteligência emocional, que são importantíssimas tanto para o mercado de trabalho quanto para as relações afetivas que esses eles constroem. Esperamos despertar neles um novo olhar acerca da educação, porque colocamos sempre metodologias ativas, onde os jovens são protagonistas do conhecimento”, disse Nathalia Santiago de Pinho, coordenadora do EduLivre no Ceará.

Aprendizado divertidoEm casa para se prevenir da Covid-19, Nicassiane Araújo, 19, é uma das pessoas atendidas pelo Virando O Jogo. Ela conta que o retorno das atividades ajudou inclusive a encarar melhor o período de isolamento social. “Fiquei bem empolgada com o retorno do projeto, mesmo que sendo online. No início, achei que essas trilhas seriam difíceis, mas até agora estou achando bem razoáveis. Está sendo uma experiência bem diferente e bem divertida. Agora, mesmo em casa, tenho o que fazer”, ressaltou.

Vale-gás socialCom a retomada das atividades do Virando O Jogo, os jovens também estão recebendo, desde o último dia 19 de maio, o vale-gás social. O benefício está sendo distribuído em todas as regiões de atuação do projeto, e é dividida em três etapas para evitar aglomerações.
O vale-gás social oferta o gás em botijão como auxílio para amenizar os impactos sociais decorrentes da Covid-19. Também foram contempladas com o benefício as famílias beneficiárias do Cartão Mais Infância, inseridas no Cadastro Único e beneficiárias do programa Bolsa Família, com renda per capita igual ou inferior a R$ 89,34.

Fonte: Assessoria de Comunicação da vice-Governadoria

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Sistema Verdes Mares leva as festas juninas pra dentro da casa dos cearenses

Cenário do Sistema Verdes Mares para o evento "São João do
Ceará Solidário"
transmitido pelas emissoras do grupo.
O cearense vai vivenciar a cultura junina de uma maneira diferente em 2020. É o “São João do Ceará Solidário Dendi Casa”, uma iniciativa dos veículos do Sistema Verdes Mares (SVM) para que o povo cearense celebre a maior festa do nordeste sem sair de casa. A TV Diário e as redes sociais do SVM vão transmitir ao vivo, todos os domingos do mês de junho, dias 7, 14, 21 e 28, apresentações com grandes artistas regionais. E quem assistir vai poder ajudar a Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza.
“Com toda a necessidade de isolamento social, o Sistema Verdes Mares se viu com a grande responsabilidade de dar continuidade ao projeto do São João do Ceará, já realizado há alguns anos, em um novo formato. Este ano, nós vamos até o público, vamos chegar até a casa das pessoas e levar um pouco de alegria e diversão, lembrando também da solidariedade e reforçando, com isso, o grande compromisso social do SVM", explica o Diretor de Programação do SVM, Fábio Ambrósio.
A festa será comandada pelo apresentador Tony Nunes e pela cantora Michele Andrade. Entre as atrações já confirmadas estão: Waldonys, Ávine Vinny, Renno Poeta, Solange Almeida, Noda de Caju, Brasas do Forró, Forrozão Tropykália, Rita de Cássia, Zé Cantor, Taty Girl, Samyra Show, Chico Pessoa, Mastruz com Leite, Sirano e Sirino, Líbanos, Eliane, Iara Pamella e Anthony Carvalho.
Além de se divertir e dançar ao som do melhor forró, o telespectador vai poder participar de uma ação solidária em prol da Santa Casa de Misericórdia. Quem se interessar poderá fazer doações através das contas disponibilizadas no site www.saojoaodocearasolidario.com.br. Quem quiser apenas demonstrar apoio à causa, vai poder entrar no site e fazer um simples cadastro. Os participantes, além de terem seus nomes mencionados em um caderno especial do Diário do Nordeste, terão o nome colocados em uma placa de homenageados, que será instalada na Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza. Um QR Code vai ficar o tempo todo na tela da transmissão e vai direcionar os telespectadores para o site.
"Ficamos felizes com esta ação do Sistema Verdes Mares que, com certeza, irá gerar frutos importantes para a Santa Casa. Como todos sabem, o hospital precisa da solidariedade para cobrir suas despesas e nós esperamos que esta iniciativa possa servir, ainda, de inspiração para que muitos se unam em prol da manutenção da Santa Casa", ressalta Luiz Marques, provedor da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza. 
Além de acompanhar as apresentações e participar da ação solidária, os telespectadores vão aprender mais sobre a história do São João, da música à culinária, com conteúdos produzidos por artistas, humoristas, historiadores e integrantes de quadrilhas juninas.
SERVIÇO:
"São João do Ceará Solidário Dendi Casa"
Data: 7, 14, 21 e 28 de junho (domingo)
Horário: 18h
Transmissões:
TV Diário 
Canal:
• Brasil - Oi TV, canal 129; 
• 08 Capitais do Nordeste e Belém do Pará - Net, canal 183; 
• Ceará - Sinal aberto, canal 22; 
• Fortaleza - Net, canal 22; GVT, canal 322.1; Sky HD, canal 323.1; Multiplay, canal 22;
Instagram: tvdiario
Facebook: tvdiariooficial
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FM 93
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Diário do Nordeste 
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quinta-feira, 4 de junho de 2020

Estado do Ceará já perdeu 1,4 bilhão em receita e propõe contingenciamento “rígido”

Fernada Pacobhyba, secretária da Fazenda
do Ceará, revela perda na arrecadação.

A secretária de Fazenda do Estado, Fernanda Pacobahyba, revelou  hoje (4), durante reunião virtual com os deputadosque o Ceará perdeu R$ 1,4 bilhão em receita nos meses de abril e maio deste ano, por causa da pandemia. Ela classificou o momento fiscal como “catastrófico”, acrescentando ainda que a equipe econômica deve propor nos próximos dias um contingenciamento “rígido” no Governo.

terça-feira, 2 de junho de 2020

Empresários nordestinos são os mais impactados pela crise

Os impactos da crise causada pela pandemia da Covid-19 abalaram e chegam a ameaçar a existência de várias empresas em todo o país. De acordo com recente pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 67% de representantes da indústria nacional podem deixar de existir nos próximos três meses. Ainda de acordo com o estudo, os empresários do Nordeste são os mais afetados do país: 83% deles afirmaram ter sofrido impacto em seus negócios, enquanto a média nacional é de 74%. As regiões Norte e Centro-Oeste foram as menos impactadas (69%). A pesquisa, realizada entre os dias 15 e 25 de maio por meio do Instituto FSB Pesquisas, ouviu 1.017 donos de empresas em todo o Brasil, distribuídos conforme a participação de cada região no PIB e em todos os segmentos, por porte e setor de atividades.
83% deles afirmaram ter sofrido impacto em seus negócios, 
enquanto a média nacional é de 74%. (Foto: Marcelo Sant'Anna)
Além de mais impactados, os nordestinos também são os mais pessimistas quanto ao futuro a curto prazo. Para 87% deles, o cenário para os próximos seis meses é de forte retração. A média nacional dos que acham o mesmo é de 79%. Considerando os próximos dois anos, a avaliação, entretanto, já é mais equânime entre todas as regiões. (52% no Nordeste, 51% no Sul e 49% no Sudeste, por exemplo).  O economista João Rogério Alves Filho, sócio-diretor da PPK Consultoria, ressalta o fato de a pesquisa retratar não dados estatísticos, de faturamento ou arrecadação. “É de expectativas e estas não são realmente boas. No mais longo prazo, entretanto, 76% do empresariado acredita que haverá manutenção e expansão do segmento. Se olharmos em um contexto de absoluta pressão não me parece que para este médio prazo seja algo pessimista pois o Nordeste acompanha a média nacional com a diferença de um ou dois pontos, com margem de erro”, explica.  
João acredita que, no Nordeste, há uma preocupação maior quanto à sobrevivência a curto prazo pois trata-se de um perfil de participação menos representativo no Brasil em relação às outras regiões. “Isto implica na existência de um número menor de arranjos produtivos, de associações e, em um momento como este, estes são fatores muito importantes”, afirma complementando que o próprio porte das indústrias instaladas na região não as coloca na primeira linha de visão dos agentes do governo federal, BNDES, dentre outros. “Uma indústria de médio ou grande porte no Nordeste é equivalente a uma de pequeno médio porte do Centro Sul. Isto traz dificuldade de acesso a programas, a crédito, enfim. A relação destas empresas com o sistema financeiro é de menor representatividade e o menor em todo o segmento tende a sentir-se mais ameaçado”, afirma.

Regionalmente, o economista analisa que o segmento relacionado à agroindústria é o menos pessimista e que, exatamente por isso, as regiões onde ele é mais representativo no país, como Centro Oeste e Sul, estão liderando no otimismo. Da mesma forma, a indústria frigorífica, mais voltada à exportação, também tem se mostrado assim. “Lembrando que é um nível de otimismo não fantasioso, que tem se mostrado aderente à realidade quando cruzado com dados de março a abril, já lançados”, afirma. A indústria de bens de capital, por outro lado, possui maior pessimismo por ser mais dependente de um rápido aquecimento da economia. 

Para ele, circula entre estes dois polos a construção civil, que aguarda manifestações mais claras do governo federal quanto a possíveis medidas anticíclicas.  Sobre a situação de Pernambuco deste segmento, que tem se manifestado de forma expressiva, João acredita que a preocupação tem suas razões. “No segundo semestre do ano passado, houve a retomada de crescimento em São Paulo. Quando iria chegar aqui, veio março de 2020. E foi uma grande ducha de agua fria, de modo que o setor não conseguiu sequer provar o gostinho desta retomada”, explica. 
De acordo com a pesquisa nacional da CNI, 22% das empresas acreditam que só conseguirão continuar a funcionar por mais um mês e 45% por mais três meses. A advogada Paula Lôbo Naslavsky, especialista na área de reestruturação de empresas e recuperação judicial do escritório Da Fonte, Advogados, afirma que, independente do grau de comprometimento das empresas, o responsável por ela não deve esperar passar a pandemia para fazer seus planejamentos, analisar os impactos que sofreu e quais medidas adotar. “Como a crise é geral, todos têm que tentar negociar com quem têm relação comercial. Os bancos, por exemplo, já estão começando a não judicializar tanto. O que não se deve é esperar que a situação se agrave. Há muitas ferramentas para minimizar danos e retirar a onerosidade excessiva dos contratos”, explica. Em situações mais críticas, em que é necessária a recuperação judicial, há também ferramentas mais úteis e adequadas ao momento. Ela afirma que, por enquanto, ainda não foi verificado um crescimento no número destes casos, o que acontecerá daqui a dois ou três meses. “É normal que isto aconteça. As mais afetadas, buscarão”, explica.
Sobre a negociação dos contratos atuais, a advogada explica que há o projeto de lei 1.397/2020, aprovado na Câmara, na semana passada, ainda a ser aprovado no Senado, com normas transitórias que apoiam empresas em crise. “Entendo, entretanto, que há atualmente em vigor ferramentas jurídicas que servem perfeitamente para defender interesses de empresas em situações delicadas. Além disso, há as mediações, arbitragem e a própria conciliação”, finaliza.

Impacto da pandemia nos negócios das empresas nordestinas:

Muito afetados – 61%
Afetados – 22%
Mais ou menos afetados – 9%
Pouco Afetados – 6%

Perspectivas para a economia nordestina nos próximos 6 meses:

Forte expansão – 1%
Expansão – 4%
Manutenção – 6%
Retração – 42%
Forte retração – 45%

Perspectivas para a economia nordestina nos próximos 2 anos:

Forte expansão – 5%
Expansão – 36%
Manutenção – 33%
Retração – 19%
Forte retração – 3%

Fonte: CNI

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