sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Aprovada licença previa para ampliação da Usina solar de Tauá

Central Geradora Solar da MPX em Tauá/Ce
Durante reunião ordinária realizada ontem, na sede da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) aprovou, com 21 votos a favor e duas abstenções, a licença prévia para o projeto de ampliação da Central Geradora Solar da MPX, empresa de Eike Batista. Localizada na cidade de Tauá e atualmente operando com um volume de energia de "apenas" 1 MegaWatt (MW), a usina pretende aumentar sua geração para 50 MW na segunda etapa de instalação.
"O projeto está na fase inicial do licenciamento ambiental da expansão, momento no qual são elaborados os estudos ambientais necessários. Com a concessão da licença prévia, há o processo para requerimento da licença de instalação, a qual autoriza o início das obras. Além do aspecto ambiental, é necessária a obtenção de autorizações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Do ponto de vista comercial, também é muito importante o estabelecimento de incentivos e políticas que favoreçam a competitividade da fonte solar, ainda mais cara que as demais", informa a assessoria de imprensa da MPX.
Para conseguir a licença prévia ontem, a empresa teve que encomendar estudo que além de avaliar todos os riscos da obra ao meio ambiente da região, precisava conter soluções e alternativa para reduzir ao máximo o impacto ambiental da expansão. Para o Coema, as propostas foram válidas e precisarão ser seguidas à risca. "Se cumprir tudo que prometeu, o empreendimento é completamente viável", afirma o gestor ambiental da Semace, Wilker Sales.
O terreno destinado ao empreendimento tem 203 hectares, e os painéis serão instalados numa área de cerca de 100 hectares, ficando assim todas as áreas de proteção ambiental e reserva legal resguardadas.

Outros modelos
Durante seu processo de expansão, que está avaliado em pelo menos R$ 170 milhões, a Central Geradora Solar cogita até utilizar modelos diferentes das placas japonesas utilizadas atualmente. "A tecnologia utilizada em Tauá é a de energia solar fotovoltaica. Os painéis solares possuem revestimentos químicos que fazem com que a radiação do sol seja transformada em energia elétrica. Ainda estão em avaliação os modelos específicos de painéis fotovoltaicos que serão utilizados no projeto de expansão, por isso, não é possível antecipar onde eles serão fabricados" revela a MPX.

Cinturão das Águas
Ainda na reunião ordinária de ontem, o Coema aprovou também a licença prévia do Trecho 1 do projeto Cinturão das Águas do Ceará (CAC), que nesta etapa terá uma extensão de 150 km, cruzando o território dos municípios de Jati, Porteiras, Brejo Santo, Abaiara, Missão Velha, Barbalha, Crato e Nova Olinda. De acordo com o Relatório de Impacto Ambiental do CAC, este se constituirá em um sistema adutor com extensão total de aproximadamente 1.300 km, formado por um eixo principal e três ramais secundários, cuja finalidade é captar águas do São Francisco para todas as onze macro-bacias hidrográficas do Ceará.
Previsto para começar pelo Cariri no início do ano passado, o CAC continua com obras indefinidas, mas estima-se que o primeiro trecho seja concluído até o fim de 2014.
O empreendimento, quando concluído, em 2040, vai assegurar o abastecimento de água para a totalidade da população cearense, levando água para a região dos Inhamuns, uma das mais secas e isoladas do Ceará. Com o CAC, há também a previsão de que 80% do território do Estado seja beneficiado pelo Projeto de Integração do Rio São Francisco com o Nordeste Setentrional, e não somente as bacias do Jaguaribe e Metropolitanas, como estava previsto inicialmente no projeto. 

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