Central Geradora Solar da MPX em Tauá/Ce |
"O projeto está na fase inicial do licenciamento ambiental da expansão, momento no qual são elaborados os estudos ambientais necessários. Com a concessão da licença prévia, há o processo para requerimento da licença de instalação, a qual autoriza o início das obras. Além do aspecto ambiental, é necessária a obtenção de autorizações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Do ponto de vista comercial, também é muito importante o estabelecimento de incentivos e políticas que favoreçam a competitividade da fonte solar, ainda mais cara que as demais", informa a assessoria de imprensa da MPX.
Para conseguir a licença prévia ontem, a empresa teve que encomendar estudo que além de avaliar todos os riscos da obra ao meio ambiente da região, precisava conter soluções e alternativa para reduzir ao máximo o impacto ambiental da expansão. Para o Coema, as propostas foram válidas e precisarão ser seguidas à risca. "Se cumprir tudo que prometeu, o empreendimento é completamente viável", afirma o gestor ambiental da Semace, Wilker Sales.
O terreno destinado ao empreendimento tem 203 hectares, e os painéis serão instalados numa área de cerca de 100 hectares, ficando assim todas as áreas de proteção ambiental e reserva legal resguardadas.
Outros modelos
Durante seu processo de expansão, que está avaliado em pelo menos R$ 170 milhões, a Central Geradora Solar cogita até utilizar modelos diferentes das placas japonesas utilizadas atualmente. "A tecnologia utilizada em Tauá é a de energia solar fotovoltaica. Os painéis solares possuem revestimentos químicos que fazem com que a radiação do sol seja transformada em energia elétrica. Ainda estão em avaliação os modelos específicos de painéis fotovoltaicos que serão utilizados no projeto de expansão, por isso, não é possível antecipar onde eles serão fabricados" revela a MPX.
Cinturão das Águas
Ainda na reunião ordinária de ontem, o Coema aprovou também a licença prévia do Trecho 1 do projeto Cinturão das Águas do Ceará (CAC), que nesta etapa terá uma extensão de 150 km, cruzando o território dos municípios de Jati, Porteiras, Brejo Santo, Abaiara, Missão Velha, Barbalha, Crato e Nova Olinda. De acordo com o Relatório de Impacto Ambiental do CAC, este se constituirá em um sistema adutor com extensão total de aproximadamente 1.300 km, formado por um eixo principal e três ramais secundários, cuja finalidade é captar águas do São Francisco para todas as onze macro-bacias hidrográficas do Ceará.
Previsto para começar pelo Cariri no início do ano passado, o CAC continua com obras indefinidas, mas estima-se que o primeiro trecho seja concluído até o fim de 2014.
O empreendimento, quando concluído, em 2040, vai assegurar o abastecimento de água para a totalidade da população cearense, levando água para a região dos Inhamuns, uma das mais secas e isoladas do Ceará. Com o CAC, há também a previsão de que 80% do território do Estado seja beneficiado pelo Projeto de Integração do Rio São Francisco com o Nordeste Setentrional, e não somente as bacias do Jaguaribe e Metropolitanas, como estava previsto inicialmente no projeto.
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