Obras do Shopping RioMar em Fortalea |
A primeira estaca do shopping Riomar será cravada amanhã. Mas antes mesmo que isso ocorra, as obras já avançam no terreno de 114 mil metros quadrados, onde funcionava a fábrica da Cervejaria Astra, da Brahma, no Papicu. Num bairro residencial, o terreno já todo murado e recebendo as primeiras placas de identificação não tem comércio como vizinhos imediatos, com exceção de um lava jato. O empreendimento abre novas perspectivas para o bairro e mexe com o mapa econômico da cidade. A implantação do shopping numa área que passou muitos anos desvalorizada chega abrindo concorrência com o Shopping Iguatemi, distante cerca de quatro quilômetros do novo shopping. Para Ricardo Bezerra, sócio-diretor da Lopes Immobilis, Fortaleza tem espaço para os dois empreendimentos. “Não acho que o Iguatemi seja afetado pelo RioMar. Acredito que tem espaço na cidade para os dois empreendimentos”, aponta.
O empresário disse ainda que a dimensão do RioMar vai nivelar o “lado esquerdo” do Papicu por cima. “A região que já foi conhecida por ser a mais perigosa da cidade vai ganhar um empreendimento que, além do shopping, traz 18 torres com imóveis residenciais, comercias e um hotel. Nunca se viu isso em Fortaleza”, afirma. Ele chama atenção ainda para o polo gerador de emprego e renda em que será transformada a área.
E para quem pensa em oportunidades de emprego, ver a agilidade da obra é coisa boa. Os agricultores Ana Maria Martins da Silva e José Peixoto de Andrade deixaram o sertão e vieram há dois anos para Fortaleza tentar uma vida melhor. Moradores do entorno do shopping, eles acreditam que poderão encontrar no empreendimento uma chance de trabalhar perto de casa. “A gente faz qualquer coisa, sendo honesto”, afirma José, que hoje tem um emprego de servente.
É a mesma expectativa de Fátima Costa. Ela aproveita o movimento do fim de semana na lagoa do Papicu para ganhar um dinheiro com venda de lanches. Com a chegada do shopping, Fátima acredita que o movimento vai se intensificar. “Porque hoje mesmo eu só vendi R$ 1,50”, reclama.
Valorização
Para o bancário Ricardo Lima, que mora na rua José Rangel, que passa atrás do shopping, os imóveis da área já estão sendo valorizados. “Já tem imóvel aqui que era R$ 100 mil e já estão falando em R$ 400 mil”, comenta. Apesar do aparente aumento na procura de imóveis no bairro, ainda é possível alugar um apartamento de 100 metros quadrados nas imediações por menos de R$ 1.000, incluindo aluguel e condomínio.
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