sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Banco do Nordeste tem novo presidente

Ary Joel de Abreu, novo presidente do BNB
Antes de ser anunciado ontem como novo presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Ary Joel de Abreu Lanzarin, não era uma figura muito conhecida por parte dos representantes de grandes setores produtivos do Estado. O catarinense, que presidirá a instituição financeiro pelos próximos dois anos e meio, porém, não demorou a virar pauta para executivos da indústria, do comércio e da agropecuária, que, diretamente ligados ao banco, já o cercaram com diversas expectativas.
Lima Matos (Fiec) diz que esperava indicação de cearense
"Eu achava que conseguiríamos nomear um cearense para o cargo, o que seria excelente porque ele já conheceria bem os problemas do nosso Estado, mas acredito que o mais importante é a competência, o que deve ser uma qualidade de Lanzarin, tendo em vista seu trabalho no Banco do Brasil", afirma o diretor de tecnologia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), José Lima Matos.
O diretor da Fiec também afirma que seria interessante que a nova gestão do BNB voltasse a apostar em grandes empreendimentos. "Espero que o novo presidente coloque o banco novamente nessa linha, já que atualmente está focado apenas em micro e pequenos empreendedores. Não basta ser uma instituição de crédito, mas um banco de fomento, que atraia novos investimentos para o Estado", opina.

Sequência do trabalho
Apesar de também defender melhorias na relação do BNB com o comércio, o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) Fortaleza, Freitas Cordeiro, afirma que a principal expectativa é que a nova gestão mantenha o trabalho que o banco vem fazendo com seu setor. "Considero muito boa a gestão do ex-presidente, Roberto e Smith, e estou otimista com Lanzarin, apesar de não conhecê-lo bem. Espero apenas que os canais com o comércio permaneçam abertos, pois a política do banco já estreita com os pleitos do setor", diz.
Quem também espera que o BNB mantenha uma proximidade com seu setor é o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec), Flávio Saboya. Segundo ele, "o BNB já possui uma equipe técnica altamente qualificada e seria ótima se a diretoria fosse mantida. Já existem parcerias de grande importância para o setor agropecuário do Ceará, inclusive no combate às secas, e isso precisa continuar".

"O trem precisa andar no Ceará""O trem (a economia) precisa andar no Ceará. A torcida é para que o trem volte a andar no Estado. Vamos torcer e vamos ajudar", declarou ontem, o presidente da bancada parlamentar do Nordeste, na Câmara Federal, o deputado José Nobre Guimarães, ao comentar sua expectativa, diante da indicação do funcionário do Banco do Brasil, o catarinense, Ari Joel de Abreu Lanzarin, à presidência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), pela presidente Dilma Roussef.
Segundo parlamentar, o desempenho do banco no Estado está muito ruim, "pífio", em relação ao volume de recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), contratados pelo BNB no Ceará, nos primeiros seis meses deste ano. Guimarães não falou em volume de recursos, mas disse que o Ceará caiu da segunda para a quinta posição na região, em relação aos financiamentos do FNE.

De 2º para 5º lugar"Na gestão do Roberto Smith - que presidiu o BNB, por oito anos, de 2002 a junho de 2010, durante os dois mandatos do governo do ex-presidente Lula e seis primeiros meses, do governo Dilma - estivemos sempre em segundo lugar", em aplicação dos recursos do FNE no Estado", lembrou o parlamentar cearense. Conforme disse, o Ceará mantinha-se em segundo lugar, atrás apenas da Bahia, mas sempre à frente de Pernambuco.
No primeiro semestre deste ano, destacou Guimarães, o Ceará está em quinto, atrás dos Estados da Bahia, Pernambuco, Maranhão e Piauí.

Dados indisponíveis
Para confirmar o recuo no ranking, a reportagem buscou a direção do BNB, para que informasse a movimentação do FNE, por Estado nos últimos dois anos, mas foi respondida por meio de nota.
"O volume global de contratações do BNB com recursos do FNE será apresentado durante a divulgação do Balanço Semestral 2012, prevista para a próxima semana. Quanto aos dados por Estado, até maio, não dispomos dessa informação no momento", respondeu o banco, por meio da Assessoria de Imprensa. O volume aplicado pelo Fundo nos anos de 2010 e 2011 também não foirrevelado pelo BNB. 

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