domingo, 16 de setembro de 2012

Ceará lidera consumo de 12 produtos

Leite de vaca consumido em maior volume
Os produtos mais comprados pelos brasileiros também fizeram parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e, nesta parte do levantamento, os cearenses se destacaram entre os nordestinos quando lideraram a aquisição per capita em 12, dos mais de 250 artigos investigados entre os anos de 2008 e 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Consumido em maior volume, o leite de vaca fresco foi o produto com o qual as famílias do Ceará mais gastaram dinheiro. Ao todo, foram 19,336 quilos (medida padrão usada pelo IBGE na investigação tanto para comidas quanto para bebidas) adquiridos por família ao longo de um ano inteiro.
Outra categoria de leite, o pasteurizado, também figurou como o segundo artigo mais consumido pelos lares do Estado. De acordo com a investigação divulgada ontem, a bebida totalizou 12,157 quilos por ano no consumo per capita.
No comparativo com o restante das famílias nordestinas, os que mais se aproxima do consumo dos cearenses foram os baianos (15,656 quilos) e os rio-grandenses do norte (14,746 quilos).

Banana prata em alta
Recorrente na lista de compras do supermercado das famílias do Ceará, a banana prata também deixou os indicadores do Estado como os maiores dentre os nordestinos. A aquisição per capita dela chegou a 5,333 quilos por ano, seguido de perto pela Bahia (5,044 quilos).
A fruta foi a única da pesquisa que apontou indicadores relevantes para o Ceará. Para as outras, o consumo foi mediano, nem no topo, nem muito baixo no ranking das nove unidades da federação da região.

Peixes e carnes
Apesar de liderar a compra per capita no Nordeste de carne moída (0,555 quilos), patinho (0,641 quilos) e dorso de frango (0,506 quilos), os lares do Ceará também se destacaram no consumo de peixes na POF.
O acará fresco - popularmente conhecido por cará - chegou a quase um quilo (0,999 quilos) de consumo por ano, superando em boas gramas as carnes. Além dele, a tilápia fresca foi outro peixe a se destacar quando o seu consumo per capita anual foi de 0,891 quilos entre 2008 e 2009.
No total, a compra de peixes de água doce e de água salgada no Ceará no comparativo da POF ficaram, respectivamente, em 3,117 quilos e 1,596 quilos, enquanto o de carnes em geral continuou liderando o consumo quando registrou 17,599 quilos.

Regionalismos em destaque
As características mais conhecidas dos nordestinos, ou seja, o jeito de ser do povo da Região ainda teve no cearense uma representatividade por ter o costume de beber café evidenciado na pesquisa. Na POF, foi constatado que as famílias do Ceará foram as que mais consumiram café (2,951 quilos per capita no ano) e, principalmente, as que comem mais rapadura (0,865 quilos, per capita no ano).
Para o primeiro artigo, a disputa entre os nove estados do Nordeste foi acirrada, pois os paraibanos (2,788 quilos), os piauienses (2,509 quilos) e rio-grandenses do norte (2,439 quilos) se aproximaram bastante do adquirido pelos cearenses entre 2008 e 2009.
Já a rapadura tem maior preferência entre das famílias do Ceará. O consumo registrado pelo Estado superou com muita vantagem o do Rio Grande do Norte (0,437 quilos), o Piauí (0,433 quilos) e a Paraíba (0,349 quilos), mantendo-se entre os maiores compradores.

Mais bebidos
Os complementos das refeições fecharam a lista dos artigos mais adquiridos pelas famílias do Ceará entre 2008 e 2009, de acordo com a investigação do IBGE. O suco de fruta envasado, ou seja, armazenado em garrafas ou embalagens de plástico, teve o consumo per capita anual de 0,807 quilos no Estado. A outra bebida que teve seu consumo destacado dentre os cearenses foi o refrigerante de uva, o qual chegou a 0,549 quilos na POF.

Típico860 gramas é o consumo anual de rapadura, per capita, na família cearense, registrado na POF

Pnad incluirá taxa de desemprego
Rio.
 Na virada de 2013 para 2014, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), IBGE estará com sua versão contínua, de periodicidade trimestral, pronta para substituir a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que calcula a taxa mensal de desemprego. Segundo Márcia Quintslr, diretora de Pesquisas do Instituto, a meta é, ainda no próximo ano, começar a divulgar a taxa de desemprego a partir da Pnad contínua. Não há, porém, uma data definida.
Embora o novo modelo da pesquisa seja trimestral, a diretora do IBGE informou que está em estudo a divulgação mensal de dados agregados, para todo o País ou por grandes regiões. O novo sistema está em testes desde janeiro, envolvendo de 1,2 mil a 1,3 mil técnicos em campo. A meta é que eles façam cerca de 170 mil visitas a domicílios a cada três meses.

Pnad contínua
A principal vantagem do novo modelo está na abrangência geográfica dos dados. "Vamos passar a ter um ganho enorme, que é passar a ter informações conjunturais sobre o mercado de trabalho para todo o País trimestralmente", afirmou Márcia. A Pnad contínua terá dados para todos os Estados e todas as regiões metropolitanas, além de algumas áreas no interior.
Atualmente, a PME, que no fim de 2013 será extinta, recolhe dados apenas das seis maiores regiões metropolitanas do País, com cerca de 40 mil domicílios visitados por mês. Trabalham na PME cerca de 490 técnicos.
A ideia do IBGE é começar a divulgar dados da Pnad contínua antes da extinção da PME, ou seja, no ano que vem. "Já iniciamos a implantação da Pnad contínua justamente para que a gente tenha um período de coincidência entre a Pnad contínua e as pesquisas que ela vai substituir, para que isso propicie aos usuários entender como trabalhar a nova série, vis-à-vis os dados das séries antigas", disse Márcia Quintslr. Ela não adiantou os primeiros dados do novo modelo de consulta.

Reportagem de ARMANDO DE OLIVEIRA LIMA

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