segunda-feira, 25 de março de 2013

Novas técnicas para alimentação do gado

Plantio de Palma através do sistema de gotejamento
Para manter rebanhos bovinos em longos períodos de estiagem é preciso se preparar com antecedência. De forma que os produtores possam conviver melhor com o período, não compromoter a produção leiteira e evitar o êxodo rural, algumas alternativas estão sendo adotadas. Produtores do Agreste e do Cariri paraibanos estão utilizando técnicas eficazes de plantio e alimentação, adotando o pastejo rotacionado, técnica que alimenta o gado sem desmatar o meio ambiente. Em 2012, 171 municípios paraibanos decretaram estado de emergência por conta da seca.
Com o apoio do Sebrae na Paraíba, o empreendedor rural tem recebido informações de como continuar produzindo diante das dificuldades. Apesar de já ser bastante difundida, a silagem (armazenamento de comida animal) ainda não é utilizada por alguns donos de micro e pequenas propriedades. Por meio de parcerias e informação, o produtor tem recebido apoio para ultrapassar o período de estiagem.
No Sítio Catolé do Monte, na cidade de Caturité, no Cariri paraibano, Francisco Tavares da Cruz Neto faz esforço dobrado para manter as 20 cabeças bovinas alimentadas. Com sete vacas leiteiras, ele conseguiu passar o pior período da seca cultivando meio hectare de capim. “Já fizemos seis cortes e até o momento está dando certo, desde maio do ano passado”, disse. O produtor consegue extrair 130 litros de leite, com duas ordenhas diárias.
Essa produção já é um pouco maior do que a de outro produtor, Manoel Figueiredo Lopes Neto, que descobriu a técnica agroecológica do pastejo rotacionado. No Sítio Malhada Grande, na cidade de Queimadas, Manoel possui o dobro do rebanho de vacas em lactação e retira 120 litros de leite por dia. “O que mais me motivou a continuar no trabalho foi esse pastejo rotacionado. A gente economiza a área de alimentação do gado e é mais fácil de trabalhar com capim”, comenta.
Quem consegue um pouco mais que os dois produtores é o Sítio Lagoa do Boi, na cidade de Barra de Santana. No local, Edivaldo Pereira de Almeida possui 18 vacas que dão a ele 160 litros de leite diariamente. O produtor está investindo apenas na palma, que tem colheita mais demorada, porém mais eficiente e nutritiva. “Plantamos mais de um hectare de palma e estou tentando mantê-lo com técnicas econômicas de irrigação, como o gotejamento”, explicou.
O Sebrae na Paraíba trabalha com 47 produtores e dois laticínios em oito municípios do Agreste e Cariri. Os dez produtores da região de Barra de Santana são os que apresentam os melhores resultados, com a incorporação de tecnologias, como o pastejo rotacionado e a irrigação por gotejamento. Os parceiros no desenvolvimento dessa área são a Cooperativa Agropecuária do Cariri (Coapecal), que fabrica o leite Cariri, Banco do Nordeste, Laticínio D’Leite e Emater.

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