terça-feira, 23 de abril de 2013

ANP deverá utilizar Porto do Pecém como ponto estratégico

CIPP atenderia as regiões Norte e Norteste
O Ceará é apontado pela diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, como um ponto estratégico para ancorar toda a nova atividade exploratória que será iniciada com a 11ª Rodada de Licitações de blocos de petróleo e gás, cujo foco são as regiões Norte e Nordeste. Além disso, ela afirma que o Estado deve se habilitar para o fornecimento de bens e serviços para as novas áreas de exploração e produção. "Já tem coisa demais no Sudeste. Vamos ver o que podemos fazer aqui no Norte e Nordeste", defendeu.
Magda esteve ontem em Fortaleza, onde conversou com empresários na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e com o governador Cid Gomes, no Palácio da Abolição, além de visitar equipamentos ligados ao estudo de petróleo na Universidade de Fortaleza (Unifor). "O que o Ceará tem já instalado, com a possibilidade portuária, etc., já é suficiente para ancorar a atividade exploratória que vem pra cá nos próximos anos", afirmou a executiva.
Segundo ela, o Estado "está fortemente contemplado na 11ª Rodada de Licitações", onde possui 11 blocos em águas profundas em leilão na Bacia do Ceará, somando um total de 7,3 mil quilômetros quadrados ofertados. Além disso, alguns dos blocos da vizinha Bacia Potiguar também encontram-se em território cearense.
"A perspectiva é ótima. Nós vemos oportunidades relevantes na margem equatorial como um todo, inclusive na Bacia do Ceará, em águas profundas", afirmou. A margem equatorial engloba bacias que vão do Rio Grande do Norte ao Amapá.
O território cearense vem sendo visto como um dos destaques do certame, em virtude das novas descobertas da Petrobras na Bacia do Ceará, onde foi descoberto petróleo em seu primeiro poço em águas profundas, além da analogia geográfica com outras áreas da África e da América do Sul, que também vem se mostrando promissoras. Uma dessas analogias é o campo de Jubilee, em Gana, que tem apresentado ótimos resultados na exploração. "Nós não estranharemos se tivermos algum Jubilee aí. E, se confirmar isso, precisamos de porto, e um estaleiro no Ceará seria bem-vindo", sugeriu aos empresários, durante encontro na Fiec. E acrescentou: "A 11ª Rodada está sendo por aqui, e queremos botar encomenda de navios aqui também".
Ela afirmou que as áreas em oferta no Ceará são vistas como "quentes", ou seja, com forte possibilidade de arremate no leilão, mas defendeu que as oportunidades para o Estado vão bem além disso. "O Ceará não é só as áreas da Rodada, é um estado estrategicamente colocado, com uma infraestrutura preparada, um porto importante, que é o Porto de Pecém, bem no meio de toda uma área que nós vamos licitar. Portanto, um estado estrategicamente colocado só tem a se beneficiar não somente com a exploração e produção, como também com toda uma prestação de serviços e fornecimento de bens para apoio a essa atividade exploratória em toda essa margem equatorial brasileira".

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