quinta-feira, 18 de abril de 2013

Médicos protestam contra as operadoras de plano de saúde

Manifesto dos médicos reivindica melhorias para a categoria

Médicos cooperados das empresas de plano de saúde em todo o Brasil realizarão no próximo dia 25 o "Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde", um manifesto que reivindica melhorias para a categoria junto às operadoras.
Dentre as ações programadas para a data, estão coletivas com a imprensa, cafés da manhã, assembleias, caminhadas e até mesmo a suspensão do atendimento aos usuários. Cada Estado define como irá protestar. No Ceará, um café da manhã dos médicos com a imprensa está programado para acontecer às 8h30 na sede do Sindicato dos Médicos, na Aldeota.
Os cooperados reivindicam o reajuste das consultas e dos procedimentos médicos, tendo como referência a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) em vigor, além do apoio ao Projeto de Lei que trata dos contratos e da periodicidade de reajuste aos cooperados.
Para a presidente da Associação dos Médicos Cearenses, Maria Sidneuma Ventura, as operadoras interferem na relação médico-paciente. "O precário atendimento que a população está tendo não é culpa dos médicos, mas sim das operadoras. Elas não remuneram, interferem e atrapalham a relação médico-paciente. Eles pagam um plano de saúde caro, mas não têm atendimento à altura", pontua.
Abramge diz que movimento é aceitável, desde que não prejudique usuários
Em nota, a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), responsável institucional pelos planos de saúde, diz que, apesar de fazer parte dos estudos que analisam novos modelos de remuneração a prestadores de serviço de saúde suplementar, a negociação sobre remuneração é acordada entre operadoras e cooperados, devido às diferenças nas características de cada região, além das diferentes especialidades médicas e dos contratos das as operadoras com seus prestadores de serviços.
A Abramge também ressalta que as reclamações de usuários contra planos de saúde, segundo relatório anual dos Procons de todo Brasil, representam apenas duas a cada 100 mil procedimentos.
Ainda na nota, a Associação disse que "o movimento dos médicos é aceitável, desde que não prejudique o atendimento aos beneficiários dos planos de saúde".

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