Manifesto dos médicos reivindica melhorias para a categoria |
Médicos cooperados das empresas de plano de saúde em todo o Brasil realizarão no próximo dia 25 o "Dia Nacional de Alerta aos Planos de
Saúde", um manifesto que reivindica melhorias para a categoria junto às operadoras.
Dentre as ações programadas para a data,
estão coletivas com a imprensa, cafés da
manhã, assembleias, caminhadas e até mesmo a suspensão do atendimento aos
usuários. Cada Estado define como irá
protestar. No Ceará,
um café da manhã dos médicos com a imprensa está programado para
acontecer às 8h30 na sede do Sindicato dos Médicos, na Aldeota.
Os cooperados reivindicam o reajuste
das consultas e dos procedimentos médicos, tendo como referência a
Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) em vigor, além do apoio ao
Projeto de Lei que trata dos contratos e da periodicidade de reajuste aos
cooperados.
Para a presidente da Associação dos Médicos
Cearenses, Maria Sidneuma Ventura, as operadoras interferem na relação médico-paciente.
"O precário atendimento que a população está tendo não é culpa dos
médicos, mas sim das operadoras. Elas não remuneram, interferem e atrapalham a
relação médico-paciente. Eles pagam um plano de saúde caro, mas não têm
atendimento à altura", pontua.
Abramge diz que
movimento é aceitável, desde que não prejudique usuários
Em nota, a Associação Brasileira de
Medicina de Grupo (Abramge),
responsável institucional pelos planos de saúde, diz que, apesar de fazer parte
dos estudos que analisam novos modelos de remuneração a prestadores de serviço
de saúde suplementar, a negociação sobre remuneração é acordada entre
operadoras e cooperados, devido às diferenças nas características de cada
região, além das diferentes especialidades médicas e dos contratos das as
operadoras com seus prestadores de serviços.
A Abramge também ressalta que as
reclamações de usuários contra planos de saúde, segundo relatório anual dos
Procons de todo Brasil, representam apenas duas a cada 100 mil procedimentos.
Ainda na nota, a Associação disse que
"o movimento dos médicos é aceitável, desde que não prejudique o
atendimento aos beneficiários dos planos de saúde".
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