terça-feira, 18 de setembro de 2012

Área da ZPE/CE deverá ser ampliada

A Empresa Administradora da Zona de Processamento de Exportação de Pecém (Emazp) já planeja aumentar a chamada "poligonal alfandegária" do equipamento em implantação no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), segundo afirmou ontem o presidente da empresa, Eduardo Macêdo. Ele disse que ainda estar formulando o "conceito do projeto", mas revelou que a área visada para a ampliação é o norte do Setor IV, do plano diretor do Cipp.
ZPE´s Cearense no complexo portuário do Pecém
"Hoje, nós estamos "alfandegando" a área necessária para atender a CSP, que é de 576 hectares. Para que nós ampliemos essa área, precisamos firmar protocolos de intenção com demais indústrias e estamos trabalhando nesse sentido", afirmou, durante o I Treinamento Intensivo para Gestores de ZPEs do Brasil. O evento segue até a próxima sexta-feira, na Federação das Indústrias do Ceará (Fiec).
Questionado sobre como ocorrerão a análise de cada terreno visado e também os contatos com os proprietários da área citada por ele, o presidente da Emazp disse ter em vista o processo de desapropriação e adiantou: "Quem tem propriedade dentro da área do Cipp sabe que é uma área de interesse social e todo o terreno da ZPE é considerada pela lei federal de 2007 área de zona primária, por isso também é de interesse público", adianta.

Ritmo em 2013De acordo com ele, o processo de estudo da expansão está em curso agora para que, a partir de 2013, ele "tome ritmo". Além disso, Macêdo contou de "muitos contatos e tratativas" com indústrias de diversos setores e até polos brasileiros.

Via de acessoOutra ação que está sendo planejada entre a Emazp e a Secretaria de Infraestrutura do Estado do Ceará (Seinfra), segundo Macêdo, é a construção de uma rodovia que ligue o norte do setor IV à Área de Despacho Alfandegário (ADA). "A nossa expectativa é que ela seja construída o mais breve possível", declarou.

Obras e análiseAtualmente, a Emazp tem sob sua responsabilidade as obras físicas do edifício onde funcionará a ZPE do Pecém, a qual tem em meados de novembro o prazo limite para ser concluída, pois, em dezembro, desembarcam os primeiros equipamentos da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) - os quais almejam gozar dos benefícios fiscais oferecidos pelo equipamento. Enquanto isso, o documento com o projeto do equipamento está sob a análise da Receita Federal para, quando a estrutura física for finalizada, também passar por fiscalização. Segundo o auditor da Receita Federal e presidente da comissão que está analisando o documento de alfandegamento da ZPE do Ceará, Jesus Ferreira, o prazo para a licença sair "vai depender se a ZPE atender os requisitos exigidos". "Portanto, quem vai dizer são eles (da Emazp), pois quando disserem que a obra está concluída nós fazemos a nossa avaliação e emitimos o ato declaratório", disse.
Única do País a firmar acordo com uma indústria de grande porte (a CSP), a ZPE cearense teve sua importância ressaltada pelo presidente da Associação Brasileira de Zonas de Processamento e Exportação (Abrazpe), Helson Braga, durante o I Treinamento Intensivo para os gestores como "o mega projeto de US$ 5 bilhões que vai deslanchar realmente o programa nacional (de ZPEs)".
A data prevista pelo governo do Estado para iniciar as atividades da ZPE no Pecém é 15 de dezembro, pouco tempo antes de chegarem as primeiras máquinas da CSP.
Ele ainda chegou a lembrar o equipamento do mesmo tipo já com licença para funcionamento no Acre, mas, por não ter nenhuma indústria em atividade lá e apresentar um porte muito inferior ao do Ceará, a signifi-cância é reduzida.
Sobre o evento, o presidente da Abrazpe ressaltou o papel deste momento como forma de capacitar os funcionários dos equipamentos brasileiros para estarem preparados para competir com o resto do mundo.
"Queremos começar o nosso processo aprendendo o que tem de melhor, moderno e atual. Afinal, vamos ter disputas acirradas com mais de três mil ZPEs do mundo, muitas com mais de 30 anos de funcionamento", declarou Helson.

Legislação é desafioBraga também destacou como principal gargalo para o desenvolvimento das ZPEs no Brasil a atual legislação. De acordo com ele, o projeto que tramita no congresso traz a possibilidade de solucionar questões chaves para os equipamentos.
Já o presidente da Federação Mundial de Zonas Francas, Juan Torrents, falou do preparo das empresas em atividade nas ZPEs como forma de proporcionar a competitividade.
"Hoje, o mercado só aceita produtos que sejam competitivos e esses não devem ser competitivos só porque tem incentivos ou isenção fiscal, mas porque as empresas que os produzem sejam profissionais", disse.
Torrents também apontou os grandes eventos internacionais que serão realizados no Brasil como forma de atrair investidores. A ideia dele, segundo disse ter feito em Barcelona, é convidar presidentes de multinacionais para jogos e aproveitar para levá-los para conhecer a infraestrutura das zonas de exportação local. 

domingo, 16 de setembro de 2012

Ceará lidera consumo de 12 produtos

Leite de vaca consumido em maior volume
Os produtos mais comprados pelos brasileiros também fizeram parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e, nesta parte do levantamento, os cearenses se destacaram entre os nordestinos quando lideraram a aquisição per capita em 12, dos mais de 250 artigos investigados entre os anos de 2008 e 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Consumido em maior volume, o leite de vaca fresco foi o produto com o qual as famílias do Ceará mais gastaram dinheiro. Ao todo, foram 19,336 quilos (medida padrão usada pelo IBGE na investigação tanto para comidas quanto para bebidas) adquiridos por família ao longo de um ano inteiro.
Outra categoria de leite, o pasteurizado, também figurou como o segundo artigo mais consumido pelos lares do Estado. De acordo com a investigação divulgada ontem, a bebida totalizou 12,157 quilos por ano no consumo per capita.
No comparativo com o restante das famílias nordestinas, os que mais se aproxima do consumo dos cearenses foram os baianos (15,656 quilos) e os rio-grandenses do norte (14,746 quilos).

Banana prata em alta
Recorrente na lista de compras do supermercado das famílias do Ceará, a banana prata também deixou os indicadores do Estado como os maiores dentre os nordestinos. A aquisição per capita dela chegou a 5,333 quilos por ano, seguido de perto pela Bahia (5,044 quilos).
A fruta foi a única da pesquisa que apontou indicadores relevantes para o Ceará. Para as outras, o consumo foi mediano, nem no topo, nem muito baixo no ranking das nove unidades da federação da região.

Peixes e carnes
Apesar de liderar a compra per capita no Nordeste de carne moída (0,555 quilos), patinho (0,641 quilos) e dorso de frango (0,506 quilos), os lares do Ceará também se destacaram no consumo de peixes na POF.
O acará fresco - popularmente conhecido por cará - chegou a quase um quilo (0,999 quilos) de consumo por ano, superando em boas gramas as carnes. Além dele, a tilápia fresca foi outro peixe a se destacar quando o seu consumo per capita anual foi de 0,891 quilos entre 2008 e 2009.
No total, a compra de peixes de água doce e de água salgada no Ceará no comparativo da POF ficaram, respectivamente, em 3,117 quilos e 1,596 quilos, enquanto o de carnes em geral continuou liderando o consumo quando registrou 17,599 quilos.

Regionalismos em destaque
As características mais conhecidas dos nordestinos, ou seja, o jeito de ser do povo da Região ainda teve no cearense uma representatividade por ter o costume de beber café evidenciado na pesquisa. Na POF, foi constatado que as famílias do Ceará foram as que mais consumiram café (2,951 quilos per capita no ano) e, principalmente, as que comem mais rapadura (0,865 quilos, per capita no ano).
Para o primeiro artigo, a disputa entre os nove estados do Nordeste foi acirrada, pois os paraibanos (2,788 quilos), os piauienses (2,509 quilos) e rio-grandenses do norte (2,439 quilos) se aproximaram bastante do adquirido pelos cearenses entre 2008 e 2009.
Já a rapadura tem maior preferência entre das famílias do Ceará. O consumo registrado pelo Estado superou com muita vantagem o do Rio Grande do Norte (0,437 quilos), o Piauí (0,433 quilos) e a Paraíba (0,349 quilos), mantendo-se entre os maiores compradores.

Mais bebidos
Os complementos das refeições fecharam a lista dos artigos mais adquiridos pelas famílias do Ceará entre 2008 e 2009, de acordo com a investigação do IBGE. O suco de fruta envasado, ou seja, armazenado em garrafas ou embalagens de plástico, teve o consumo per capita anual de 0,807 quilos no Estado. A outra bebida que teve seu consumo destacado dentre os cearenses foi o refrigerante de uva, o qual chegou a 0,549 quilos na POF.

Típico860 gramas é o consumo anual de rapadura, per capita, na família cearense, registrado na POF

Pnad incluirá taxa de desemprego
Rio.
 Na virada de 2013 para 2014, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), IBGE estará com sua versão contínua, de periodicidade trimestral, pronta para substituir a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que calcula a taxa mensal de desemprego. Segundo Márcia Quintslr, diretora de Pesquisas do Instituto, a meta é, ainda no próximo ano, começar a divulgar a taxa de desemprego a partir da Pnad contínua. Não há, porém, uma data definida.
Embora o novo modelo da pesquisa seja trimestral, a diretora do IBGE informou que está em estudo a divulgação mensal de dados agregados, para todo o País ou por grandes regiões. O novo sistema está em testes desde janeiro, envolvendo de 1,2 mil a 1,3 mil técnicos em campo. A meta é que eles façam cerca de 170 mil visitas a domicílios a cada três meses.

Pnad contínua
A principal vantagem do novo modelo está na abrangência geográfica dos dados. "Vamos passar a ter um ganho enorme, que é passar a ter informações conjunturais sobre o mercado de trabalho para todo o País trimestralmente", afirmou Márcia. A Pnad contínua terá dados para todos os Estados e todas as regiões metropolitanas, além de algumas áreas no interior.
Atualmente, a PME, que no fim de 2013 será extinta, recolhe dados apenas das seis maiores regiões metropolitanas do País, com cerca de 40 mil domicílios visitados por mês. Trabalham na PME cerca de 490 técnicos.
A ideia do IBGE é começar a divulgar dados da Pnad contínua antes da extinção da PME, ou seja, no ano que vem. "Já iniciamos a implantação da Pnad contínua justamente para que a gente tenha um período de coincidência entre a Pnad contínua e as pesquisas que ela vai substituir, para que isso propicie aos usuários entender como trabalhar a nova série, vis-à-vis os dados das séries antigas", disse Márcia Quintslr. Ela não adiantou os primeiros dados do novo modelo de consulta.

Reportagem de ARMANDO DE OLIVEIRA LIMA

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

PAC da Mobilidade tem calendário alterado

Presidenta Dilma Rousseff e o PAC
O Ministério das Cidades alterou a partir desta quarta-feira, 12, o calendário destinado à apresentação de propostas referentes ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades. Segundo o governo, os projetos referem-se às ações que visam à melhoria e ao aperfeiçoamento do sistema de transporte coletivo urbano dos municípios com população de 250 mil a 700 mil habitantes, segundo dados de 2010.A Portaria 462, que fixa os novos prazos, está publicada na edição desta quarta-feira, 12, do Diário Oficial da União, Seção 1, página 37. O texto completo pode ser obtido na página da imprensa nacional.Pelo texto, o cadastramento de cartas-consulta por meio de formulário eletrônico vai até sexta-feira, 14. O período para o enquadramento e a hierarquização de propostas vai da próxima segunda-feira, 17, a 15 de outubro.Segundo a portaria, as reuniões presenciais para entrevistas e análises de propostas serão realizadas de 22 de outubro a 10 de dezembro. A divulgação da seleção será feita pelo Ministério das Cidades no dia 14 de dezembro. Já a divulgação das regras do processo de seleção foi mantida até o dia 20 de julho.Em julho deste ano, o governo federal lançou o PAC 2 Mobilidade Médias Cidades. De acordo com as autoridades, o objetivo é melhorar o trânsito nas cidades até 700 mil habitantes. A previsão é liberar R$ 7 bilhões por meio de financiamento para 75 médias cidades – selecionadas – ou para os governos estaduais. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as 75 cidades têm destaque na economia nacional e estão distribuídas em 18 estados. Entre elas estão Uberlândia e Uberaba, em Minas Gerais, Ribeirão Preto e Limeira, em São Paulo, e Cuiabá e Várzea Grande, em Mato Grosso. Além disso, 51% estão localizadas em regiões metropolitanas.

Bahia, Ceará e Pernambuco lideram o PIB do NE

Região Nordeste (em destaque) obteve crescimento
do PIB acima da média nacional
Com avanço de 2,9% no seu Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre do ano, na comparação com igual período do ano anterior - quase cinco vezes a média obtida pelo País (0,6%) -, a economia cearense teve o segundo melhor desempenho entre os estados do Nordeste que calculam o indicador. À sua frente está a Bahia, com crescimento de 3,6%. Já Pernambuco, na terceira posição, cresceu 2,8%, em igual período.
Ampliando a base de comparação para as demais unidades da Federação, o Estado também ficou acima de Minas Gerais, onde o PIB registrou acréscimo de 2,3% de janeiro a junho deste ano, ante iguais meses do ano passado. Além do Ceará, Bahia, Pernambuco e Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Rio Grande do Sul e São Paulo também calculam o índice, apesar de ainda não o terem divulgado para o período analisado.
Considerando apenas o trimestre encerrado em junho, o incremento registrado pelo Ceará foi de 2,4%, também acima do de Pernambuco (1,7%) e inferior ao da Bahia (2,6%). Já Minas Gerais contabilizou somente 0,4% de crescimento, comportamento similar à variação do PIB brasileiro no segundo trimestre do ano, que foi de 0,5%.

SustentáculoMais uma vez os serviços, foram o sustentáculo do resultado positivo do PIB no Estado. Na primeira metade de 2012, em referência a igual semestre de 2011, a taxa de crescimento do setor foi de 5,8%. "Os serviços, que respondem por cerca de 70% da economia local, foram os grandes responsáveis pela variação positiva de PIB de 2,9% alcançada pelo Ceará. E neste cenário, as atividades ligadas ao turismo serão cada vez mais relevantes para a economia estadual", reforça Eduardo Diogo, secretário de Planejamento e Gestão do Ceará, que apresentou os números ao lado da economista Eloísa Bezerra, do Instituto de Planejamento e Estratégia Econômica do Estado (Ipece).
De fato, nesse universo, o maior destaque foi para os grupos transportes e alojamento alimentação, com incrementos de 10,7% e 8,4%, respectivamente, nos seis primeiros meses do ano em curso. Já o comércio cresceu 6,5% em igual período.

Indústria
No que diz respeito à indústria local, a taxa de crescimento do setor foi de 2,2% no primeiro semestre do ano e de 2,7% considerando apenas o segundo trimestre. Dos quatro segmentos relativos ao setor, a indústria de transformação foi o único com taxa negativa (-1,7%). "O que continua segurando a indústria cearense é a construção civil e o setor de eletricidade, gás e água, dado que a indústria de transformação vem sendo fortemente prejudicada por fatores externos e pela competitividade", explica Eloísa Bezerra.

Pior resultadoDos setores que compõe a economia estadual, o pior desempenho foi registrado pela agropecuária, que despencou 31,6% no primeiro trimestre de 2012, ante igual período de 2011. Sujeito a flutuações climáticas, a atividade foi fortemente impactada pela quebra de safra de grãos como algodão, milho, feijão e arroz, com quedas de 88,8%, 85,9%, 82,7% e 46,8%, respectivamente. As três culturas respondem por mais de 90% da produção agrícola estadual. "A queda da agropecuária só não foi ainda maior por conta da fruticultura, pelas tecnologias adotadas e por ser preponderantemente irrigada" destacou Diogo.

Investimentos
Na avaliação do secretário de Planejamento e Gestão, os investimentos públicos têm sido um fator determinante para o desempenho da economia do Ceará. "De 2007 a 2011, o Estado aplicou R$ 9,6 bilhões em investimentos e só no primeiro semestre de 2012 já foram R$ 592 milhões", afirma. Ao lado do PIB, o governo divulgou ainda o Boletim da Conjuntura Econômica Cearense do 1º semestre.

Perspectiva do Governo do Ceará é manter crescimento
Governo mantém perspectiva anualPara o fechamento de 2012, o governo estadual continua trabalhando com uma perspectiva de crescimento da economia cearense da ordem de 4,5%. Para tanto, explica a economista Eloísa Bezerra, do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), "será necessário que o comércio, a construção civil e as atividades características do turismo continuem com resultados positivos o suficiente para cobrir as deficiências da agropecuária e da indústria de transformação ao longo deste ano.
"Tradicionalmente, o segundo semestre sempre revela um maior dinamismo da economia. Acredita-se que neste semestre haverá mais circulação de recursos advinda da liberação do 13º salário dos trabalhadores e pela continuação das medidas do governo federal sobre a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para segmentos chaves da economia brasileira e cearense", justifica.
Vale lembrar também, emenda Eloísa, que na segunda metade do ano encontram-se as datas mais significativas para as famílias, como o Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal, quando o consumo é mais incentivado

EleiçõesNeste cenário, o secretário de Planejamento e Gestão, Eduardo Diogo, frisa que 2012 é um ano atípico por contar com a realização das eleições municipais. "Toda eleição tem um impacto muito positivo para a economia estadual. Há uma maior demanda por produtos e serviços, acompanhada de maior contratação de pessoal, absorvendo a mão de obra que estava desempregada, o que dá força para a economia", conclui. (ADJ)

Expectativa4,5% é quanto deve crescer a economia do Estado em 2012, segundo projeta o governo

Reportagem de ANCHIETA DANTAS JR.

sábado, 8 de setembro de 2012

Governador Cid Gomes busca parceira para Premium II

Cid Gomes (governador do Ceará) busca parceria para
implantação da refinaria Premiu II no porto do Pecém

O governador Cid Gomes viajou na noite desta quinta-feira (06) para a Ásia. Na pauta, encontro com empresários da Coreia do Sul para buscar parceiros comerciais para a instalação da Refinaria Premium II no Ceará. Cid Gomes terá reuniões com o o grupo GS Caltex, segundo maior empresa maior empresa coreana no setor de construção de refinarias e responsável por 30% do refino do óleo consumido naquele país.
A sugestão na busca de parceiros para a Refinaria Premium II partiu da própria presidente da Petrobras, Graça Foster, em reunião com o governador Cid Gomes, no último mês de julho. A instalação da refinaria Premium II é considerada fundamental para que a Petrobras possa atender o mercado interno de derivados de petróleo. A demanda de combustíveis estimada para 2020 no País é de aproximadamente 3,4 milhões de barris por dia.  A refinaria terá capacidade de processar 300 mil barris de petróleo por dia, abastecendo o mercado com Óleo Diesel 10 ppm (63,5% da produção), Nafta Petroquímica (15,3%), Querosene de Aviação (12,6%), Coque (2,8%) e Óleo Bunker (1,6%).
Durante a viagem do Governador, assumirá interinamente o Executivo Estadual, o  presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, desembargador José Arísio Lopes da Costa. Ele é o terceiro na linha de sucessão que tem a prerrogativa de assumir o Governo do Estado. O vice-governador Domingos Filho declinou do direito usando como justificativa o parágrafo 7º do artigo 14 da Constituição Federal que trata da inelegibilidade para parentes caso venha a assumir a função no período  inferior a seis meses da eleição. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Roberto Cláudio, também declinou de assumir o Governo do Estado também devido aos requisitos da inelegibilidade.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Pesquisa Ibope no Icó aponta vitória de Marcos Nunes

Marcos Nunes (prefeito do Icó) obteve avaliação positiva
em todos os índices da pesquisa Ibope
Marcos Nunes, candidato do PMDB à Prefeitura do Icó, lidera a disputa, segundo pesquisa contratada ao Ibope, pelo Sistema Verdes Mares, através da TV Diário. Marcos Eugênio Leite Guimarães Nunes já governa o Município desde janeiro de 2009. A pesquisa foi realizada nos dois primeiros dias de setembro e ouviu 301 eleitores.
Em Icó, estão disputando a chefia do Executivo municipal apenas dois candidatos. O atual prefeito e José Jaime Bezerra Rodrigues Júnior (Jaime Júnior), indicado pelo DEM, representando a Coligação "Mudança com honra e coragem". Marcos Nunes representa a Coligação "Icó cada vez melhor".
Na pergunta estimulada, quando o entrevistador pergunta ao eleitor "se a eleição para prefeito de Icó fosse hoje e os candidatos fossem estes, em quem o (a) sr (a) votaria", o resultado do levantamento aponta o atual prefeito Marcos Nunes em primeiro lugar, com 52% das intenções de voto seguido de Jaime Júnior com 39%. Os entrevistados que declararam ter intenção de votar em branco ou anular o voto somam 3%, enquanto outros 6% não sabem responder ou preferem não responder, diz o relatório do Ibope.



Rejeição
Na pergunta sem a apresentação da relação de candidatos, denominada de espontânea, o candidato Marcos Nunes também tem 52% das intenções de voto e Jaime Júnior também fica com 39%. Outros 4% dizem ter a intenção de votar em branco ou anular o voto e 5% não sabem ou não opinam.
Quando perguntados em quais candidatos não votariam de jeito nenhum, 45% dos eleitores icoenses citam Jaime Júnior contra 39% que citam Marcos Nunes. Os entrevistados que declaram poder votar em qualquer candidato somam 8%, enquanto 9% não sabem ou não respondem, lembrando que, nessa pergunta, o entrevista poderia citar mais de um candidato.



A pesquisa realizada entre os dias 1º e 2 de setembro, com 301 eleitores, maiores de 16 anos, teve como objetivo levantar junto aos eleitores da área em estudo opiniões relacionadas a assuntos políticos e administrativos. Ela está registrada no Tribunal Regional Eleitoral.
O modelo de amostragem utilizado é o de conglomerados em dois estágios. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro é de 6 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. As entrevistas pessoais foram realizadas com a utilização de questionário elaborado de acordo com os objetivos da pesquisa.
Segundo o relatório apresentado pelo Ibope, as entrevistas são realizadas por uma equipe de entrevistadores contratados pelo Instituto, devidamente treinada para abordagem deste tipo de público. Há filtragem em todos os questionários após a realização das entrevistas e fiscalização em aproximadamente 20% dos questionários.

AdministraçãoA avaliação da administração do prefeito Marcos Nunes é considerada ótima ou boa por 49% dos entrevistados, como regular como 21% e como ruim ou péssima por 26% dos eleitores. A atual administração é aprovada por 56% dos eleitores icoenses, contra 38% que a desaprovam. O principal problema da cidade, apontado pela pesquisa é a saúde pública, citada por 88% dos que foram entrevistados. A educação é o segundo grande problema de Icó, 56% dos eleitores citaram-na seguida da falta de calçamento nas ruas e avenidas da cidade. Esses percentuais, diz o Ibope, correspondem à soma das três áreas que os entrevistados poderiam mencionar.
44% dos eleitores de Icó disseram estar muito interessado nesta eleição municipal, Tem interesse médio com a disputa um total de 33% do eleitorado e apenas 16% dos entrevistados disseram ter pouco interesse.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Citricultura cearense em alta

Produção de laranja no baixo Acaraú/Ce.
A citricultura em escala industrial está subindo o mapa do Brasil. De Limeira, interior de São Paulo, para o Baixo Acaraú, interior do Ceará. A Roque Citrus desenvolve um projeto de produção de frutas cítricas nos municípios de Acaraú e Bela Cruz. Hoje, 500 hectares (ha) estão sendo cultivados, com estimativa de ter a primeira colheita em julho de 2013.
Os planos futuros são da instalação de uma esmagadora de laranja para o fornecimento de suco concentrado da fruta e suco de caixinha.
O projeto será realizado em 2.000 ha - duas etapas de 1.000 hectares -, conforme informou o engenheiro agrônomo e gerente do projeto no Ceará, Antônio Marcos Aires de Lima.
A compra dos primeiros 500 ha, mais a montagem da infraestrutura e a plantação das mudas, representou o investimento inicial de R$ 13 milhões, que tiveram início em 2009. Para concluir a primeira fase, os outros 500 ha e a plantação consumirão R$ 11 milhões. Novas mudas estão previstas para serem fixadas em outubro.
“A gente acredita que o projeto vai se dar muito bem na região. Nosso objetivo é aproveitar a entressafra de São Paulo. Com base nisso, teremos uma vantagem a mais”, comentou Aires de Lima, deixando claro que a empreitada vai seguir independente da produção paulista.
O gerente explica que o restante da área do projeto será adquirido após a primeira colheita. Poderá ser por meio de licitação ou por compra avulsa. “O importante é que queremos continuar neste Perímetro Irrigado (do Baixo Acaraú, construído pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas - Dnocs), em função da boa infraestrutura oferecida, como água e energia elétrica”. Segundo informou, o projeto está sendo financiado pelo Banco do Nordeste (BNB).
Cerca de 45 funcionários estão trabalhando no Roque Citrus Ceará, entre eles tratoristas, pulverizadores, responsáveis por podar e capinar. Na época da colheita, é esperada a contratação de mais 150 trabalhadores temporários. “Os trabalhadores estão sendo capacitados aqui. Estamos aproveitando a mão de obra local”, garantiu.
Custos menores no CE
O presidente da Câmara Setorial da Fruticultura do Ceará, o empresário João Teixeira Júnior, afirma que considera importante a entrada da Roque Citrus no Estado. “O Ceará tem um potencial muito grande. Toda essa parte de suco sempre vem de outros Estados, principalmente de São Paulo. Vai gerar riqueza para a nossa região”.
João Teixeira comenta que há vantagens para produzir frutas cítricas no Ceará, em razão do clima semiárido, que proporciona a menor incidência de pragas, consequentemente, a menor utilização de defensivos químicos. “Tem muito sol e poucas chuvas, evitando pragas. Podemos ter uma relação melhor com a natureza do que em São Paulo”.
O POVO procurou a Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) para falar sobre o projeto no Baixo Acaraú. A agência informou que não comenta o assunto, por questões de sigilo empresarial.
Sem falar sobre esse caso em específico, o diretor de Atração de Investimento da Adece, Cláudio Frota, disse que o Estado está criando condições para cultivar frutas cítricas. A consequência disso é criar as condições para desenvolver uma indústria de processamento da laranja, por exemplo.
“A Adece tem uma diretoria voltada ao agronegócio, tem um trabalho para ver como podemos melhorar o manuseio em produtos que o Ceará tem vocação. A gente tem ações nessa área (de citricultura). Eu diria que, quando você tem uma semente, aquela semente gera uma árvore, que gera frutos”, ressaltou Frota.
O diretor destacou que a laranja não proporciona só o suco. “Você tem o óleo, tem gominhos da laranja desidratado, que são vendidos no mercado externo”.

Nordeste tem maior quantidade de assentos em voos para Europa da história

L egenda:   TAP é uma das empresas com o maior número  de  assentos  entre o   Nordeste  e a Europa Foto:   Renato Bezerra Cinco capitais no...