Em clima de celebração política, a ex-prefeita de Fortaleza e membro do grupo Crítica Radical Maria Luíza Fontenele, comemorou ontem seu aniversário de 69 anos após retorno de Nova Iorque, no último dia 25, quando participou do movimento “Ocupe Wall Street”, “pela emancipação humana e fim do sistema capitalista”.
Ex-prefeita Maria Luiza Fontenele com amigas |
De acordo com ela, a experiência de nove dias no movimento aumentou a compreensão de que há a necessidade da teoria ser apropriada cada vez mais por número maior de pessoas. “O conteúdo do movimento é muito interessante, agrega diferentes setores. O fato de ser um movimento horizontal, as decisões são sempre tomadas cotidianamente pelo coletivo em assembleias. Não tem um caráter imediato de uma reivindicação, é contínuo”, diz Maria.
Ela destaca que dentro do grupo aumentou a responsabilidade no sentido de apontar cada vez mais a perspectiva de transformação. E ainda, que não sejam soluções pontuais e sim radicais. Célia Zanetti, também membro do grupo, chama atenção para dois grandes problemas que perpassam pelas reivindicações dos manifestantes: desemprego e saúde. Outro detalhe é a grande participação de idosos e estudantes, conta. A questão do policiamento também chocou. “Era um sistema repressivo, cinco helicópteros sobrevoando a manifestação o tempo todo, a cada quarteirão os policiais tentavam barrar e demorava muito tempo par a negociação”.
Segundo Zanetti, atualmente a situação dos estudantes universitários inverteu com o reflexo da crise internacional. “Hoje saem endividados das universidades mas não conseguem pagar o estudo porque não têm emprego”.
Na sua visão, “o movimento surgiu com características novas, sem líderes e estabelecendo relação direta entre as pessoas. Lá conseguimos saber como entrar numa rede de videoconferência com ocupação de outros países”, afirma Zanetti.
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