Dep.Federal José Nobre Guimarães líder da bancada nordestina |
As bancadas cearense e do Nordeste, na Câmara Federal, estão se
articulando para garantir a capitalização do Banco do Nordeste (BNB). Segundo o
líder da bancada nordestina, deputado federal José Nobre Guimarães (PT-CE), o
banco precisa de aporte de recursos para atender à demanda por crédito na
região.
Apesar da resistência do Ministério da Fazenda, cujo secretário
executivo, Nelson Machado, em reunião com os parlamentares, esta semana, disse
que o BNB não precisava ser capitalizado, Guimarães acredita que o diálogo com
o governo poderá contornar o impasse.
Em sua emenda à Medida Provisória 564/12, solicitando R$ 3,5 bilhões
para o banco, Guimarães argumenta que a demanda por financiamento de longo
prazo no Nordeste foi estimada em R$ 140 bilhões para o período de 2012 a 2014.
Destes, mais de R$ 50 bilhões se referem a 2014, ano da Copa, para os quais o
Banco do Nordeste deverá ser responsável por cerca de R$ 30 bilhões. O deputado
afirma que a projeção dos recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE),
para 2014, totaliza apenas R$ 14 bilhões.
De acordo com o líder da bancada cearense na Câmara, deputado Antônio
Balhmann (PSB-CE), o aporte de capital é uma das condições para que o BNB
mantenha a exclusividade das operações do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste
(FDNE), conforme estudo realizado pelo deputado Mário Feitoza (PMDB-CE) e
apresentado à bancada esta semana. “O FDNE nunca teve a expressão que deveria
ter. Desde que foi instituído, nunca usou mais do que R$ 3 bilhões”, afirma.
O relator da MP 564/12 na Câmara Federal, deputado Danilo Forte
(PMDB-CE), diz que, hoje pela manhã, será realizada uma audiência sobre o
assunto, envolvendo o BNB, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), o Banco da Amazônia (Basa), a Confederação Nacional da
Indústria (CNI) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese).
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