segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Pesquisa mostra insegurança nas famílias nordestinas

Insegurança no trabalho é crescente
As famílias nordestinas estão inseguras. Apenas 63,6% responderam positivamente sobre a situação de segurança na ocupação do responsável pelo domicílio. É o menor índice entre as cinco regiões estudadas, além do País. O dado mais próximo é de 80,7%, o percentual da média nacional.
Na outra perspectiva, o resultado nordestino é o mais pessimista, 35,8%. Os dados são da 18ª edição do Índice de Expectativas das Famílias (IEF), divulgada ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Ainda no aspecto da segurança quanto à ocupação do chefe do domicílio, o melhor resultado foi da região Norte, com 96,1% para “sim” e 3,9% para “não”.
O otimismo é menor ainda para o Nordeste quando se questiona a segurança no trabalho das demais pessoas do domicílio. Novamente, mostra o menor dado. A essa pergunta, 42,2% responderam “não”. O percentual mais próximo para nessa questão foi de 16,7%, outra vez, o dado nacional. Para “sim, todas”, a Região ficou com 53,3%, o menor percentual. A Região Norte também se mantém mais otimista, com 3% para “não” e 96,2% para “sim, todas”.

Precariedade

“Ocupações precárias, baixíssimos rendimentos, falta de um modelo de desenvolvimento, isso faz com que os chefes de domicílio tenham essa alta preocupação por conta da instabilidade do emprego, dado que parte significativa do emprego não tem cobertura social”, analisou Reginaldo Aguiar, supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O IEF mostra que os brasileiros permanecem otimistas em relação à situação socioeconômica do País, com índice de 69 pontos em janeiro, o maior desde o início do estudo. O dado é superior ao mês anterior – 2,8 pontos de crescimento. Segundo a metodologia utilizada, o brasileiro se manteve na escala de “otimista”, de janeiro de 2011 a janeiro de 2012.
O IEF é um estudo realizado em 3.810 domicílios, em mais de 200 municípios. Abrange todas as unidades da Federação e aborda a situação econômica nacional; condição financeira passada e futura; decisões de consumo; endividamento e condições de quitação de dívidas e contas atrasadas; mercado de trabalho, especialmente nos quesitos segurança na ocupação e sentimento futuro de melhora profissional.
A expectativa de futuro das das famílias serve como fator redutor ou indutor do crescimento econômico, analisa o Ipea, por meio da sua assessoria de imprensa.
“Se as expectativas estão otimistas em relação ao futuro, tende-se a gastar mais; quando há forte pessimismo, gasta-se menos. O monitoramento das expectativas das famílias sobre consumo, dívidas e mercado de trabalho, além da situação econômica do País, tem o objetivo de produzir sinalizações de suas decisões de gastos e poupança futuras”, informou.

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