Graça Foster presidente da Petrobras |
A executiva reafirmou a
necessidade da construção da usina e enfatizou que nenhum projeto foi retirado
da pauta. Porém, a refinaria cearense é agora citada no plano no ramo dos
“projetos em avaliação”.
Somados os projetos em
implantação e em avaliação para ampliação do parque de refino, o orçamento
destina investimento de US$ 31,2 bilhões, US$ 4,2 bilhões a menos do que previa
o PN 2011-2015. “Quando falamos que estamos reavaliando, podemos dizer que estamos
fazendo um trabalho para determinar objetivamente o cronograma e quanto será
preciso para o projeto”, disse Foster. Também entraram em revisão a Premium I,
do Maranhão, e a segunda fase da Comperj, no Rio de Janeiro.
A apresentação do PN ocorreu sob
duras críticas de Foster ao não cumprimento de metas da estatal ao longo dos
anos. Entre os maus exemplos, foi citada a refinaria Abreu e Lima, de
Pernambuco, que além de atrasada (está com 55% da obra pronta, quando deveria
estar com mais de 90%), teve sobrepreço (pelos planos iniciais, custaria US$
2,3 bilhões, mas está saindo por US$ 20 bilhões).
Até agora, a Premium II estava
orçada em US$ 11 bilhões, com início das operações prevista para 2017 e
capacidade para processar 300 mil barris de petróleo por dia.
“Isso (a reavaliação) faz
parte do cenário político e econômico mundial. Um dos setores que mais vêm
sofrendo impacto das crises internacionais é o de refino, porque trabalha com
margem de lucro muito pequeno. A taxa de retorno sobre o investimento também é
baixa”, afirmou o consultor em gás e petróleo, Bruno Iughetti.
Conforme Iughetti, os riscos
de refinaria no Estado ser abortada são pequenos. “Ela é estratégica,
principalmente pelos efeitos regionais e pelos custos de logística.”
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